Cinco anos depois de ser alvo de uma investigação pela suspeita de desviar dinheiro do cartório da DHPP, o delegado de Polícia Civil Rêmullo Diniz foi absolvido da acusação de peculato.
A sentença foi proferida pelo juiz da Vara de Delitos de Roubo e Extorsão da Comarca de Rio Branco, Gustavo Sirena, que julgou improcedente a denúncia do Ministério Público do Acre.
Um trecho da decisão assinala: “não é demais ressaltar que o que existem nos autos são ilações e conjecturas desacompanhadas de qualquer prova firme e segura acerca da autoria delitiva”.
As denúncias contra Rêmullo Diniz foram feitas em 2019, quando era coordenador do GEFRON e foi nomeado pelo Governador Gladson Cameli como secretário de Polícia Civil.
Na época, Diniz foi alvo de dois inquéritos instaurados por delegados da própria Polícia Civil.
Em dos casos, Rêmullo foi acusado de desviar R$ 3.5 mil – dinheiro que teria sido encontrado com uma vítima de homicídio.
O possível crime, que caracterizaria o peculato, teria ocorrido em agosto de 2019, quando o delegado atuava na DHPP.
O ex-secretário de Polícia Civil foi acusado também de fraudar documentos para tentar se livrar do suposto desvio do dinheiro.
“Na época foi ouvido num dia e, no outro, já foi indiciado’, revelou Diniz.
Ainda na sentença o Juiz Gustavo Sirena disse que a prova oral (depoimentos) não comprova a autoria criminosa.
Além disso, segundo a decisão, só foi possível extrair, salvo a fala de uma servidora, a existência de alguns testemunhos de “ouvir dizer”, os quais sequer apontam, de forma categórica, que o réu se apropriou do dinheiro em proveito próprio ou alheio.
Hoje coordenador do GEFRON, Rêmullo Diniz disse que sempre teve a consciência tranquila.
“Fiz todo os procedimentos dentro da lei. Na justiça tive o direito ao contraditório e ficou provado que nunca fraudei documentos”, ressaltou o delegado.