O número 2 do PP no Acre, Lívio Veras, e o senador Márcio Bittar, acabam de cometer o que os próprios aliados chamam de “violência política sem precedentes contra a deputada federal Socorro Neri”. Eles convocaram uma reunião com os membros do partido em Rio Branco, os mesmos que concordaram com a expulsão do prefeito Tião Bocalom.
E serão os mesmos que, nesse encontro, nesta sexta-feira, irão recusar a candidatura própria do partido que tem o governador, a vice-governadora e três deputados federais. os membros do |PP na capital deverão sacramentar a aliança com o PL de Bocalom, não sem antes violarem o estatuto do partido, que exige prazo antes de qualquer deliberação.
O encontro foi agendado às pressas após o governador declarar que não vai mais decidir sobre os rumos do partido, e que Socorro Neri não será candidata se ela não quiser.
Até a manhã desta quinta, a candidatura de Neri era dada como certa. Mas a declaração do governador empoderou o andar de baixo da legenda. Dentre outros, irão votar pela aliança Bocalom/Alysson Bestene o próprio Lívio Veras, a secretária Nabiha Bestene (tia de Alysson), Carlinhos do PP (assessor da família Bestene), Zennon Filho (diretor na Saneacre, cujo presidente é o ex-deputado José Bestene), o vereador Samir Bestene (Primo de Alysson Bestene), o próprio chefe de Gabinete de Bocalom, Valtin José. Até o presidente do PP em Rio Branco, o secretário de Educação Aberson Carvalho, estará ausente.
Consultada sobre se vai à reunião, Socorro Neri foi taxativa: “fui convidada, mas não vou comparecer. Não vou legitimar uma situação que me desrespeita. O que vou fazer ali?”, respondeu.
A deputada federal disse ainda que fará uma coletiva de imprensa nesta sexta-feira, para prestar contas do seu mandato. E que estará à disposição dos jornalistas para responder o que lhe for perguntado. “É hora de pôr um fim