O vereador N. Lima (PP) foi um entre vários que acreditaram ser real a candidatura própria do Progressista à Prefeitura de Rio Branco. Há pouco, ele ainda disse não acreditar que a legenda, de fato, vai compor com o PL do prefeito Tião Bocalom indicando o secretário Alysson Bestene como vice. “Eu só acredito quando ouvir do próprio partido, daqui a pouco”, afirmou ele. A executiva municipal tem reunião às 16 horas para, segundo os dirigentes, oficializar a aliança. Deve haver burburinhos e até ânimos exaltados, por dois motivos:
“Pra mim a aclamação do Alysson é o que está valendo. Ele foi o nome colocado à população como candidato, não a vice. O Alysson, se desistir da candidatura própria, sairá desmoralizado. O PP ficará desmoralizado”, afirmou o vereador. “Além disso, isso vai destruir os planos do PP de fazer pelo menos 3 vereadores. Eu quero acreditar que estamos vivendo um pesadelo”, concluiu ele ao dizer que estava se preparando para ir á reunião, onde, segundo afirma, vai defender a candidatura própria até suas últimas forças.
“Temos uma chapa combativa, capaz. Mas se essa decisão aí for mantida, o que será dos coitados que vão pra campanha e quase não têm expressão? Como vão disputar com filhos, irãos, mulher e outros protegidos de políticos dentro do partido? Sem contar que perderíamos mais de 50% do nosso fundo partidário”, completou.
“O que o PP ganha com isso? O que o PP ganha com isso?”, perguntou ele ao repórter três vezes. “Nada, absolutamente nada”, respondeu. E questionado sobre o que está por trás desse acordo, ele foi enigmático: “ah, você é repórter, é inteligente. Responda você o que tá acontecendo. Eu nunca vi isso antes”.
Questionado sobre o que fará após ser oficializada a aliança PP/PL, Nogueira Lima diz que “nada posso fazer nada, a não ser ir pra minha campanha e usar minha prerrogativa na tribuna da câmara”.