sábado, setembro 7, 2024

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Escândalo na Ufac: cerca de 42 alunas menores denunciam 4 professores por assédio sexual

Quatro professores do Colégio de Aplicação, instituição ligada à Universidade Federal do Acre, são citados num vídeo que está escandalizando a comunidade universitária. Em torno de 40 alunas, todas menores, afirmam serem vítimas de assédio sexual e ameaças “de toda natureza”.

As meninas decidiram reunir seus pais e pediram ajuda a um grupo de professores. Elas aceitaram expor passo a passo, em depoimentos individuais, a dinâmica do assédio, num dossiê cujo teor envergonha a docência no ensino superior no Acre.

O grupo de docentes está apoiando as vítimas e busca providências, junto com os pais das meninas, no sentido de punir os agressores – nos âmbitos administrativo e judicial. E considera que o apoio da imprensa é fundamental para evitar o “esquecimento” do escândalo.

A professora Letícia Mamed, presidente da Adufac (Associação dos Docentes da Ufac), mostrou-se muito preocupada com a gravidade das denúncias. O assunto é tema de reuniões diárias no colegiado.

“Recebemos os relatos enquanto comando de greve. Mesmo na luta por melhorias nessa paralisação nacional, nos empenhamos para que a justiça seja feita, afinal não podemos nos calar, sob pena de sermos tachados de omissos e prevaricadores. Eu sinto informar que são muito graves os fatos, que já foram encaminhados à Reitoria com pedido de providências”, disse a presidente da Adufac.

A reportagem apurou que “são diversas as formas de assédio sexual”, em que os professores se valeram da autoridade em sala de aula e, inclusive fora da escola, e condicionaram boas notas em troca de sexo. Ainda segundo apurou a reportagem, há ocorrência de “toques físicos” pelos professores, num crime ainda mais grave que, mais adiante, pode ser interpretado como passível de condenação criminal segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Não foi possível confirmar se a Promotoria da Infância e do Adolescente já entrou no caso. Também não foi possível identificar se houve relações sexuais entre professores e alunas.

Oserinagl insiste em ouvir a reitora Guida Aquino.

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