Queima de arquivo? Preso morto na cela alertou duas vezes sobre massacre em presídio de segurança máxima do Acre

O presidiário Oceu Rocha Martins (41) era peça fundamental na investigação da Polícia Civil Acreana que apura possível facilitação por parte de policiais penais na rebelião ocorrida no presídio de segurança máxima de Rio Branco, Antônio Amaro, em julho do ano passado. O massacre deixou cinco detentos decapitados e esquartejados. O delegado Cristiano bastos (Homicídios) confirmou que Oceu apresentava lesões na cabeça ao ser encontrado morto nesta manhã. Oceu dividia a cela com outro preso.

O presidiário que teria sido assassinado havia confirmado em depoimento, no processo que tramita em segredo de justiça, que por duas vezes avisou aos membros do alto escalão do Instituto de Administração Penitenciária sobre o plano de render os policiais naquela rebelião. E antecipou o que, de fato, ocorreu: a execução de outros detentos apontados como lideranças da facção criminosa rival.

A primeira vez que Oceu Rocha Martins teria feito a denúncia foi 20 dias antes da rebelião. A comunicação dada a uma guarnição levou Oceu a uma reunião com a direção do Iapen na sede do Grupo de Operações Especiais da Polícia Penal.

Na ocasião nenhuma medida de prevenção teria sido adotada e o próprio detento voltou a solicitar, dias depois, uma outra conversa com as autoridades, o que aconteceu. Ele reafirmou o depoimento anterior, desta vez acrescentando que a rebelião seria antecipada. Ninguém deu ouvidos.

No depoimento, Oceu Rocha Martins teria citado, inclusive os nomes dos diretores do Instituto de Administração penitenciária que teriam participado das duas reuniões com ele e tomado conhecimento do que estava preste a acontecer na unidade de segurança máxima de Rio Branco e, segundo o próprio depoente, nenhuma providência foi tomada.

Oceu foi encontrado sem vida, na manhã desta quarta-feira, dentro da própria cela, com evidências de que foi espancado a socos e pontapés até a morte por um colega de cela.

Um investigador que trabalha no caso não quis gravar entrevista, mas confirmou ao Oseringal que a polícia acreana não descarta a possibilidade de que a morte tenha sido determinada por terceiros como forma de acobertar os fatos denunciados pela vítima nas investigações sobre a rebelião, caracterizando um típico caso de queima de arquivo.

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