sábado, setembro 7, 2024

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Editorial: ou Alysson faz campanha fora das repartições ou o governador terá problemas com a Justiça Eleitoral

O governador Gladson Cameli deve editar e publicar um decreto proibindo o uso da máquina administrativa nesta campanha eleitoral. Nenhum candidato deve ser beneficiado, mesmo que indiretamente, por ações governamentais em curso, sobretudo diante de  obras estruturantes que em estão em andamento na Saúde, Educação e Infraestrutura. O Deracre é alvo de vários postulantes a vereadores, e a instituição também edita um ato interno proibindo promoção política a terceiros durante o expediente.

O descumprimento pode gerar problemas ao próprio governador na Justiça Eleitoral, por abuso de poder econômico e uso indevido de máquina pública.

A determinação já é bastante clara inclusive ao chamado núcleo duro, composto por graduados da Casa Civil, Secretaria de Governo e repartições intimamente ligadas a estas pastas – setores que abrigam os principais defensores da aliança do Progressistas com o PL do prefeito Tião Bocalom, candidato à reeleição.

Quem não parece entender isso é o ex-secretário de Governo, Alysson Bestene, o vice de Bocalom, que mira assumir a prefeitura em 2026 – caso o prefeito seja eleito e se afaste para disputar vaga no Senado ou a governador. A marca Gladson Cameli, maior protagonista da política acreana, é o objetivo do prefeito.

Alysson intensifica reuniões fora da agenda oficial com alguns ordenadores de despesas e chefes de departamentos, e tem produzido cards em sua rede social ao lado de alguns secretários e outros influentes dentro do governo. Além disso, abusa do assessoramento político e construção de agendas internas por aliados que são comissionados e ao mesmo tempo membros do PP. O tempo que seria dedicado a construir políticas públicas  em benefício da população está sendo usado para projetar o candidato, com o uso de carros oficiais, combustíveis e outros privilégios do cargo.

A reportagem apurou junto a fontes internas que Cameli não permitirá que candidatos, inclusive os que fizeram parte da governança ate aqui, sejam guinados à campanha política utilizando a estrutura oficial. Este tipo de promoção pessoal comumente inclui o agrupamento de cargos comissionados e reuniões “informais” dentro das secretarias de governo para promover determinados candidatos. As imagens são captados, geralmente por profissionais pagos com dinheiro público, e lançadas temporariamente em plataformas digitais, onde permanecem temporariamente, a fim de garantir o registro das visitas políticas camufladas como de “cortesia”.

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