O ex-deputado Jenilson Leite (PSB) seria vice do engenheiro Marcus Alexandre (MDB) na corrida pela Prefeitura de Rio Branco se dependesse de sua vontade pessoal – e do presidente da legenda, o ex-vice governador César Messias.
Messias, aliás, embora sumido do cenário político, articula esta composição pessoalmente. Mas ele encontra resistência interna pelo perfil esquerdista do Jenilson. Mas agrada, em termos, que o ex-deputado tenha sido bem votado na eleição majoritária para senador, em 2022. Ele obteve 65.5 mil votos.
Olhando as opções sobre a mesa, a coordenação política da campanha vê a atual vice-prefeita Marfisa Galvão o nome mais cotado.
As vantagens de Marfisa:
1- Sempre atuou no campo da direita
2 – É mulher
3 – Motivaria Petecão, seu marido, a correr atrás de recursos para incrementar a candidatura em Rio Branco, uma vez que o MDB não teria capital financeira suficiente para bancar candidaturas também bem avaliadas em Cruzeiro do Sul e Brasiléia.
4 – Marfisa foi reprimida, hostilizada e massacrada pelo prefeito Bocalom. Teve sua equipe exonerada, sem ser consultada, e seus projetos de assistência social podados, destruídos, após o senador, seu marido, romper com o prefeito.
5 – Marfisa faria declarações devastadoras sobre o autoritarismo de Bocalom e a forma com que o prefeito trata sua gestão;
7 -Tem perfil discreto e ajudará a quebrar o discurso de que Marcus Alexandre é de esquerda.
Sendo Marfisa vice, Bocalom não teria argumentos para atacar candidatura de direita, já que o vice dele também vem de ideologia semelhante.
“Decisão difícil, mas ela será tomada aos 45 minutos do segundo tempo”, disse João Correia, economista, ex-deputado estadual e uma das vozes mais respeitadas no MDB. O partido não cita nomes, mas tem ao menos duas opções, e Marfisa é a principal.
Marcus, por sua vez, sabe que os opositores irão explorar sua condição de ex-petista, na intenção de que, em ambiente relativamente bolsonarista, isso possa agregar algum valor político eleitoral ao adversário direto, o prefeito Tião Bocalom. A maldade típica em campanhas eleitorais, lançada em redes sociais para atingir honra, família, injuriar e difamar, se somarão às fake news que os adversários pretendem disparar contra o candidato que lidera as pesquisas e pode até ser eleito em primeiro turno.
Refletir, medir prós e contras, tomar a decisão acertada. Eis o desafio….