O cardiologista e deputado federal tampão Fábio de Rueda (suplente do UB) já comemorava o controle da Assistência Social no Governo do Acre. O novo secretário e diretores (Controle Interno, Jurídico e Atenção Primária, este último responsável pelos núcleos de Assistência Social do Estado nos municípios) estavam escolhidos e a lista sendo encaminhada à Casa Civil. Mas eis que a vice-governadora Mailza Assis entra em campo para fazer o gol da vitória, muito embora mal assessorada.
Rueda já é ordenador de despesas da Representação do Acre em Brasília (antiga Repac), um presentaço que recebeu para abrir mão da vaga de vice na chapa de Bocalom. Aliás, ele já controla, também, a Secretaria Municipal de Saúde, outro mimo dado pelo prefeito como resultado de chantagens.
Mailza compreendeu que o grupo Rueda (controlador do União Brasil) se apossaria de seu maior capital político nessa gestão, inclusive o Programa Juntos Pelo Acre), que foi dado ao secretário Alysson Bestene quanto se passava que ele seria candidato do Progressistas á Prefeitura de Rio Branco e não se esforçou para capitalizar um dos projetos de maior envergadura da atual gestão.
A vice foi ao governador, deixou claro que não iria perder espaços construídos até então, e disse:
“Esta secretaria é minha, tenho direito e irei assumir”.
Bingo !
Gladson Cameli, que jamais se indisporia com sua vice (a recíproca é verdadeira), nomeou Mailza, de imediato, no Diário oficial desta segunda-feira. Ela acumula o cargo de secretária com a Vice Governadoria e apenas uma peça será mexida em toda a estrutura administrativa da pasta: Zilmar, a ex-secretária, que deixa o cargo, vai assumir a Chefia de Gabinete da amiga que a havia indicado anteriormente. os demais diretores, de confiança de Mailza, permanecem.
Oseringal alertou, em reportagem, o plano sórdido dos Rueda, com encorajamento traiçoeiro do prefeito Tião Bocalom e do senador Márcio Bittar, para atingir a pré-candidatura de Mailza, em 2026, ao Governo do Acre, quando Gladson deve afastar-se para disputar o Senado. Aposta-se tudo na reeleição do prefeito da capital para torná-lo competitivo na disputa pelo governo, o que, naturalmente, poderia dar fôlego a Bittar (em franca decadência), na intenção clara de minar o protagonismo político de Cameli – o único que derrotou nas urnas todas as lideranças dos demais partidos (do PT ao PSDB, PSD, PSB, MDB, UB, PL e outros).
Fábio e o irmão (Antônio de Rueda, presidente nacional do UB) planejam algo mais?