Será indiciado: PF tem provas de que Bolsonaro deu aval para venda de jóias

Polícia Federal vai incluir no relatório final do inquérito das joias provas que demonstram que Jair Bolsonaro tinha conhecimento das operação ilegal de venda e recompra nos Estados Unidos de joias que ele recebeu quando era presidente.

O material mostrará que Bolsonaro foi comunicado da operação comercial e deu o aval para parte delas. O caso será encerrado nos próximos dias e o ex-presidente será indiciado, como informou o colunista Lauro Jardim. Além dele, integrantes do núcleo duro do ex-presidente devem ser indiciados, incluindo assistentes e advogados.

As joias em questão foram recebidas por Bolsonaro enquanto era presidente. Pelo alto valor dos itens, o Tribunal de Contas da União decidiu que elas deveriam compor o acervo da Presidência e não serem levadas pelo ex-presidente como itens pessoais ou personalíssimos, como costuma justificar Bolsonaro em sua defesa no caso.

Acontece que, antes mesmo do tribunal chegar a essa conclusão, auxiliares de Bolsonaro já teriam vendido, ilegalmente, parte das joias nos Estados Unidos. Outros itens ainda estavam em negociação. Tudo, segundo as provas reunidas pelos investigadores, aconteceu com o conhecimento e aval de Bolsonaro.

Em uma tentativa de driblar punições, auxiliares e advogados do ex-capitão chegaram a recomprar as joias vendidas. A operação foi confirmada pela investigação.