Bocalom foi alertado em 2021 sobre 5 mil famílias morando em 61 áreas de risco na capital

Em Março deste ano, um desbarrancamento do Rio Acre, no Bairro 6 de Agosto, soterrou a casa de seu Antônio José Rebouças. Ele conta que a família dormia, por volta de 3 horas da madrugada, quando acordou pelo barulho e só deu tempo de um dos filhos tirar a mãe de dentro da residência para tudo vir a baixo.

“A gente escutou um estrondo e de repente tudo virou escombro. Eu pulei pela janela e meu filho, que dormia na sala, conseguiu desenterrar a porta do quarto e tirar a mãe dele”, lembra ele, que tem 72 anos.

No último final de semana, uma casa foi engolida e outras três podem vir abaixo a qualquer momento no Bairro Baixada da Colina, na periferia de Rio Branco.

Dona Doralice conta que não teve tempo de tirar nada da cozinha e, em menos de dois minutos, tudo estava soterrado.

“Eu tinha alugada o local para montar uma distribuidora. Mas na véspera de inaugurar tudo foi destruído pelo deslizamento de terra às margens do Igarapé São Francisco”, lamenta a empreendedora.

A mulher culpa o uso de máquinas pesadas em uma obra da prefeitura para tapar buracos na rua que pode ter causado trepidação no solo e resultado no deslizamento de terra.

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Ninguém da prefeitura comentou o fato. O coordenador da Defesa Civil Municipal, Tenente coronel José Glácio, que esteve no local, confirmou que alí era aérea de risco de desmoronamento já mapeada pela Defesa Civil.

“Desde a última temporada de chuvas que a gente vem observando que essa região do bairro Baixada da Colina se tornou área muito perigosa para erosão”, disse.

De acordo com levantamento da própria defesa civil existem, em toda Rio Branco, 61 áreas de risco de deslizamento de solo.

O documento entregue ao prefeito Tião Bocalon no primeiro ano de gestão dele na capital acreana revela que existem 5 mil famílias vivendo em situação de perigo de vida em áreas de risco de desmoronamento.

O prefeito tem falado em construir conjuntos habitacionais para retirar essas pessoas das regiões de risco, mas até hoje não se tem conhecimento de nenhuma casa popular construída por ele nos últimos quatro anos para mudar esse quadro.

O OSeringal chegou a entrar em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Rio Branco para saber se o prefeito Tião Bocalon tinha interesse em comentar o assunto. Também foi dada oportunidade de o prefeito atualizar informações sobre o Programa 1001 Dignidades, anunciado, que deveria ter sido concluído no Dia das Mães.

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