A reitora da Universidade Federal do Acre, Guida Aquino, será alvo de um grande ato público, na sede da Adufac (Associação dos Docentes da Ufac), logo mais, a partir das 8:30h. As declarações de menores vítimas de assédio e importunação sexual no Colégio de Aplicação, feitas à polícia e ao Ministério Público devem ser detalhadas durante a assembléia geral.
A Adufac não pretende nominar as vítimas, mas contar em detalhes a agressão que as meninas sofreram por professores que permanecem em atividade, sem a providência que os demais docentes e os pais das alunas esperam. Todas as vítimas são menores de idade e seus pais lutam por justiça também.
E a platéia esperada é gigante, composta até mesmo por não associados, acadêmicos e servidores da universidade, em apoio á causa dos grevistas e por uma punição exemplar contra os professores pedófilos.
Guida Aquino não digeriu o fato de ter sido constrangida em notícias nacional e locais sobre os gastos de sua gestão com passagens e diárias (veja abaixo). As manchetes foram dadas em plena greve num tom de denúncia.
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Guida comunicou, ao final da tarde desta segunda-feira, que não irá assinar o novo termo de acordo, em que pese estar no formato jurídico adequado, e que não irá compor Grupo de Trabalho para debater os demais pontos da pauta local após a greve. O aviso foi dado na rede social da Adufac, que aproveitou para convocar o ato de logo mais.
“O que era suspeita, se confirma. O problema nunca foi o formato, mas seu conteúdo. A reitoria não quer se comprometer com as pautas do Colégio de Aplicação consensuadas em mesa de negociação. Não quer debater o fato de que não tem respeitado as normas internas. Não quer debater a ausência de recursos para ensino, pesquisa e extensão. Não quer dar explicações sobre o verdadeiro “trem da alegria” com passagens aéreas e diárias da Administração Superior”, diz a Adufac em sua rede social.
“Como se não bastasse, integrantes da Administração Superior seguem promovendo o chamado aos seus apoiadores para pôr fim à greve e silenciar as denúncias feitas pelos docentes que participam ativamente do movimento, em uma flagrante ingerência patronal no sindicato. Uma tentativa de golpe em uma legítima entidade de representação classista, ou seja, uma atitude que reflete não apenas o desespero, mas a postura autoritária e antidemocrática da atual Administração Superior da Ufac”, finaliza.
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