Militares que mataram enfermeira a tiros de fuzil no Acre vão cumprir prisão domiciliar

A Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre acatou um habeas corpus impetrado pela  defesa dos sargentos Cleonizio Marques Vilas Boas e Gleyson Costa de Souza.
Com a decisão, os dois policiais denunciados pela morte da enfermeira Géssica Melo tiveram a prisão preventiva substituída pela domiciliar.
O  julgamento do recurso ocorreu durante a sessão desta terça-feira,  3,  na sede do Tribunal de Justiça do Acre.
A relatora do processo,  Denise Castelo Bonfim, e o desembargador Francisco Djalma foram favoráveis ao recurso, enquanto Elcio Sabo Mendes foi contrário.
O advogado Wellington Silva disse que a decisão corrige um erro quando da decretação a prisão preventiva.
“ O juiz de Senador Guiomard não se atentou que os dois policiais estavam em prisão domiciliar quando decretou a preventiva”, ressaltou Silva.
Os sargentos Cleonizio Marques Vilas Boas e Gleyson Costa tiveram as prisões decretadas em 29 do mês passado. Na mesma data, o Juiz da Comarca de Senador Guiomard recebeu a denúncia do Ministério Público do Acre.
A enfermeira Géssica Melo, morreu na manhã de 2 de dezembro passado, após ser alvejados durante uma perseguição policial de uma guarnição do GEFRON, o Grupamento Especializado em Fronteira.
De acordo com a denúncia, a jovem que estava abalada psicologicamente, teria furado duas barreiras policiais.
Géssica foi baleada, próximo a uma fazenda, na Br-317, região de Senador Guiomard.  A jovem ainda chegou a ser socorrida pelos próprios policiais, mas não resistiu aos ferimentos.
O processo transcorre na Comarca do município de Senador Guiomard.

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