Já são cinco os vídeos de sexo explícito entre homens vazados na Web e viralizando nas cidades do Acre e fora do estado nas últimas 48 horas. Um rapaz que aparece em todas as gravações passou a ser alvo de moradores do bairro onde ele mora, em Rio Branco. A grande maioria dos vídeos teria sido feita na casa dele.
Anonimamente, o grupo de moradores fala em localizar e entregar ele à polícia. Argumentam que “não é tolerável expor a intimidade das pessoas desse jeito. Ele não tem esse direito (gravar e permitir o vazamento das imagens”.
E prestam solidariedade àqueles que estão enfrentando constrangimento público e entre seus familiares. “Essas pessoas podem se matar”, preocupou-se um morador. Eles acreditam que a imprensa cumpre papel necessário, independente da orientação sexual de um ou outro.
O principal acusado é um professor entrevistado com exclusividade por oseringal na noite de quarta-feira (reveja abaixo). Ele nega autoria no vazamento das imagens e afirma que não sabe quem teria feita a “maldade”.
O argumento, no entanto, é insuficiente.
Nesta noite, uma pessoa gravada sem autorização prestou queixa numa delegacia de polícia de Rio Branco. Muito abalada com a exposição de seu rosto e identidade, e, de tão emocionada, teve dificuldades para parar de chorar enquanto falava com o repórter.
O teor do depoimento deve ser posto em sigilo. Investigadores também devem fazer buscas para que o professor compareça voluntariamente para depor.
Segundo a Constituição Federal, art. 5º, inc. X, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.