Revolta em CZS: eleitor não esquece autoritarismo inaceitável e fala infeliz de Jéssica Sales sobre moto urbers

Ainda ecoa negativamente o gesto da ex-deputada federal Jéssica Sales se declarando contra trabalhadores que tinham esperança de, um dia, serem reconhecidos como mais uma opção de serviços prestados aos cidadãos de Cruzeiro do Sul. Os moto urber´s buscam muito pouco: atenção do poder público e de seus representantes legais. Chegaram a ensaiar uma revolta barulhenta que pode se transformar numa rejeição impiedosa à candidata do MDB, que peca por seu temperamento antissocial.

Como foi antipática a fala “Moto Uber não existe, o que existe é mototaxista. Moto Uber zero, zero, zero”.

E ficou mais feio tentar convencer que tal declaração “foi tirada do contexto”.

Imaginemos ESSA TURMA (NO VÍDEO ACIMA), proprietários de motocicletas que tentaram, e não conseguiram, alcançar uma concessão pública para mototaxistas tempos atrás. E, agora, com o advento da político eleitoral, alimentavam a esperança de serem legalizados, sem o perigo de serem surpreendidos pela polícia e pela fiscalização como clandestinos. Imagina, ainda, cada um tirando voto da candidata, fazendo campanha contra ela, por birra ou por questão de hora?

É óbvio que a esperança deles foi açodada.

A candidata ainda tem tempo para, no mínimo, pedir perdão pelo seu destempero e sinalizar com a possibilidade de repensar sua infeliz declaração. Nesse momento não se vê um assessor conselheiro com coragem de peitar a filha do Leão do Juruá.

O flagrante, em ambiente fechado, que viraliza nas redes sociais, não apenas incomoda centenas de famílias. Também acende o alerta sobre a postura autoritária com que Jéssica se pronuncia. Voz alterada, gesto corporal exaltado e semblante raivoso não combinam, definitivamente, com um postulante a cargo eletivo, ainda mais competindo com um adversário investido no cargo de prefeito que tem a seu favor a máquina pública municipal e o Estado,

Comportamento, aliás, que precisa ser disciplinado, afinal esperava-se que o Congresso Nacional, onde Jéssica se ambientou e frequentou por um mandato inteiro, deveria ter lhe dado boas lições de respeito àqueles a quem ela deve o que é: o cidadão.