Após ser citado pela primeira vez num suposto empate técnico com o engenheiro Marcus Alexandre (MDB), o prefeito e candidato à reeleição, Tião Bocalom (PL), decidiu pedir, na justiça, que a Agência de Pesquisas Delta seja proibida de realizar sondagens sobre a intenção de votos na capital.
O prefeito busca anular a divulgação futura de sondagens que o Instituto Delta pretende realizar. E tentar manter como verídicos, consolidados, os indicadores anunciados na última semana pela Quaest, contratada pela Rede Amazônica, segundo os quais 45% do eleitorado de Rio Branco não saberiam em quem votar. O prefeito, diz a Quaest, subiu mais de 10 pontos em 15 dias, e um dos candidatos que aparecia com 9% (Jenilson Leite, do PSB) hoje teria apenas 1%. Os números são questionados pela imprensa e, nas redes sociais, também colocados sob suspeição. Os controladores da emissora que contratou a pesquisa visitaram o prefeito meses atrás, em registro exclusivo feito pela assessoria da prefeitura.
O advogado da Coligação “Produzir Para Empregar”, Cristopher Capper Mariano de Almeida, questiona a ordem dos nomes dos candidatos que aparece no questionário. Ele entende que o nome Bocalom em segundo plano pode influenciar as respostas dos entrevistados em favor do adversário diretor do prefeito.
É o que revelou o Jornal A Tribuna, edição desta quinta-feira.
Diz ainda a publicação:
A petição questiona a capacidade financeira da empresa para realização destas pesquisas com a abrangência esperada. E acusa o proprietário da Agência Delta de ser parcial, por ter prestado serviço ao MDB noutros momentos. Na petição, é pedida a apresentação dos documentos que comprovem a conformidade da pesquisa com as normas estabelecidas pela Resolução TSE n° 23.600/2019. A coligação de Bocalom pede, ainda, a suspensão imediata da divulgação de novas pesquisas da Agência Delta.
Uma decisão do TRE acreano deve ser conhecida a qualquer momento.