“A morte não é o fim para aquele que crê” teria sido uma das últimas mensagens do padre Jairo Coelho aos acreanos, no Dia de Finados, em 2021. De lá pra cá o pároco teve vida discreta na Diocese de Rio Branco, onde era diretor.
Jairo, de voz imponente e compassada, virou repórter policial na afiliada do SBT no Estado de Tocantins, na qual é diretor de conteúdos.
Era ecônomo Diocesano, responsável pela Área Missionária Divina Misericórdia, coordenador diocesano de Liturgia e diretor da TV Diocese no Acre, com gestão atribulada na relação da emissora com alguns anunciantes. Encampou procissões na área interna da Chácara Ipê, contrariando a Presidência da Prelazia, razão pela qual chegou a ser chamado de “padre dos ricos”, e não tem bom conceito junto às Servas de Maria Reparadoras, sobretudo após decisões controversas que levaram o controle do Instituto Santa Juliana aos empresários que dominam a Uninorte, maior universidade privada do estado. Ele é graduado em Comunicação Social pela Universidade de Brasília.
O exercício de uma profissão paralela ao Sacerdócio é possível, segundo as regras da igreja. Isso porque, pelos votos de conformidade, o consagrado se coloca à disposição da congregação. Exercer atividades outras, porém, significa que tudo que ele recebe deveria ser colocado em comum na comunidade.
A reportagem não conseguiu confirmar se Jairo Coelho abandonou a igreja ou foi afastado de suas missões no Acre.
Outro fato que deu Ibope ao padre foi a sua reação quando o vereador N. Lima (capitão aposentado da PM-Acre) decidiu atacar o Papa.
Jairo disse, em nota pública:
“Postura de gente irresponsável, fanático religioso e ignorante.