Jorge Wenderson Vieira Cavalcante, presidente da União Municipal das Associações de Moradores de Rio Branco (Umarb), foi questionado há pouco sobre o nível de atenção dado pelo prefeito Tião Bocalom às demandas das periferias da capital. A resposta dele corresponde a uma rejeição absurda das lideranças ao gestor municipal.
“O Bocalom não atende às reivindicações da entidade, desrespeita os líderes comunitários e nunca aceitou conversar com as comunidades. Não lembro, como presidente da Umard, de o prefeito ter tido o bom senso de ouvir os moradores. É um desprezo total, ao contrário da época da campanha, quando ele até assinou termos de compromisso garantindo que mudaria pra melhor a vida das comunidades. Depois de eleito, ela jamais aceitou reunir com a Umarb e seus dirigentes, que representam a totalidade dos bairros em Rio Branco. Não sei como o prefeito pretende voltar ao poder agindo assim”, disse o dirigente.
Perguntado sobre como o ex-prefeito Marcus Alexandre agiu ao ser provocado pelos presidentes de bairro, ele diz:
“Naquele época o prefeito atendia quando podia. Ou retornava os telefonemas á noite. Ele resolvia ou mandava resolver. Era outro tratamento”, afirmou.
E quantos líderes comunitários estariam simpáticos à reeleição do prefeito Bocalom?
Wenderson foi enfático na resposta:
“Somos 150 ao todo. Desse total, 85% estão extremamente descontentes e não sinalizam apoiar a reeleição do prefeito”, pontuou. Água tratada e infraestrutura dentro e no entorno dos bairros foram as principais promessas de Bocalom durante a campanha de 2020, lembra ele.
O presidente da Umarb também lembra que Bocalom não fez o chamado “caminho de volta” para agradecer pela votação que ele obteve naquele outubro de 2020. O gesto lhe dá a certeza de ingratidão por parte do prefeito, que precisará entrar nos bairros, nesta campanha, para pedir votos novamente.
“Bocalom seria hostilizado caso reúna com os moradores e tenha a coragem de requentar promessas que não cumpriu 5 anos e meio atrás? Wenderson responde assim:
“Nós jamais iremos hostilizar o prefeito. Violência, nunca. Ouviremos com respeito tudo que ele tem a falar, mas não posso garantir que a população lhe daria uma nova chance. É difícil manter um projeto que não deu certo. Eu te digo isso baseado na reação das pessoas, com as quais a gente está em contato todos os dias”, finalizou.