Sob suspeita, instituto do ES barrado pela justiça por erros grosseiros registra pesquisa por telefone em Rio Branco

O Instituto 100% Cidades Participações LTDA, com apenas 8 meses de vida, registrou pesquisa de intenção de votos, junto à Justiça Eleitoral do Acre, para medir a preferência do eleitor nas corridas pela Prefeitura de Rio branco.

O registro foi feito no TRE nesta quarta-feira e os entrevistados serão questionados por telefone. O método é questionado, e os donos da empresa informam que estão custeando com recursos próprios, mas não informam quem está custeando a pesquisa.

 

 

 

O instituto foi proibido, em decisão judicial, nesta quinta-feira, de divulgar uma sondagem em Campo Grande (MS). Partidos que se sentiram lesados pelas amostragens comprovaram ter havido falhas insanáveis (veja abaixo).

Em junho desse ano, da juíza eleitoral Giani Maria Moreschi, da 175ª Zona Eleitoral, proibiu a empresa de divulgar uma pesquisa eleitoral para a prefeitura de Curitiba. A magistrada apontou uma série de irregularidades na pesquisa — entre elas referente à metodologia, principalmente no que diz respeito à Lei Geral de Proteção de Dados) e aos dados estatísticos econômicos e sociais usados na amostragem. A seguir, trecho da imprensa paranaense sobre o assunto:

“A juíza identificou que a empresa 100% Cidades utilizou dados do Censo de 2010 para a realização da pesquisa o que, segundo a magistrada, a princípio não atende aos objetivos da sondagem eleitoral. A juíza suscitou ainda questionamentos sobre o direcionamento das ligações telefônicas, conforme a metodologia adotada pelo instituto de pesquisa.

 

Em junho deste ano, a mesma empresa trouxe diversos erros grosseiros noutra pesquisa para prefeito em Campo Grande (MS). O levantamento registrado no dia 7 de junho, com data de divulgação para o dia 13 de junho, estava com plano amostral errado, pois a soma na faixa etária dá mais de 100%, o que por si só já é motivo de ser descartada.

“Idade: 16 a 24 anos, 11,9%; 25 a 34 anos, 21,0%; 35 a 44 anos, 21,3%; 45 a 59 anos, 25,7%; 60 anos ou mais 20,2%: 100,10%”, exemplificou a imprensa local.

Juristas ouvidos disseram que o questionário também está equivocado, não traz informação se o levantamento é presencial ou por telefone, não apresenta os discos para as entrevistas e oculta quem a contratou.

“Faz cruzamentos somente com alguns pré-candidatos e prefeito, o que leva a crer que a pesquisa é direcionada para quem a contratou ocultamente”, explicaram.