Dez empresários – atacadistas e varejistas – com vultosos negócios no Acre sofreram buscas e apreensões em seus endereços comerciais e residências no início da manhã desta segunda-feira, numa grande operação da Polícia Civil. Dois servidores graduados da Secretaria de Fazenda do Governo do Acre foram presos e imediatamente levados para o uso de tornozeleira eletrônica. A operação foi motivada a partir da apreensão de provas na residência do empresário Bené do Cavaco, dias atrás.
Bené é do ramo de alimentos e adquire seus produtos junto a fornecedores que estariam entre os suspeitos. Todos são acusados de integrar uma quadrilha que desvia milhões em impostos estaduais (ICMs).As autoridades não revelaram os valores sonegados.
O delegado Pedro Paulo Bussolini, que preside o inquérito, confirmou a apreensão de 600 cabeças de gado. E afirmou há pouco, em coletiva à imprensa, que os agentes tentam cumprir ordem judicial para apreender 59 veículos que pertencem à quadrilha. Os agentes deram prosseguimento à operação, também, nos estados de Rondônia e Paraíba, onde os empresários têm filiais.
Os funcionários da Sefaz “faziam vistas grossas”, segundo o delegado, durante a entrada de caminhões carregados no Estado do Acre. E também burlavam o sistema automatizado do governo para aliviar a carga tributária que os empresários deveriam recolher aos cofres públicos.
Os nomes dos investigados estão envoltos em segredo de justiça.
O secretário de Fazenda, José Amarísio Freitas, informou que o próprio governo acionou a polícia após procedimentos administrativos que identificaram a fraude.