Agleno, que é Perito do Mecanismo de Prevenção e Combate à Tortura do Acre, se envolveu em um grave acidente de trânsito ao invadir a via preferencial.
O fato aconteceu em junho deste ano, no cruzamento das ruas Rio de Janeiro com a São Paulo. Imagens de câmeras de monitoramento registraram o exato momento da colisão.
Agleno avançou a preferencial da rua e atingiu uma caminhonete da Polícia Militar do Estado. O policial que conduzia a viatura ficou ferido. A parte frontal da caminhonete ficou praticamente destruída.
De acordo com o boletim de ocorrência, Agleno tentou inicialmente enganar as autoridades, apresentando outra pessoa como sendo o condutor do veículo.
Além disso, ele não aceitou realizar o teste do bafômetro, apesar de apresentar sinais claros de embriaguez.
Durante a vistoria no veículo do perito, os policiais encontraram uma poção contendo uma substância branca, que foi identificada como cocaína. O perito do Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate a tortura chegou a ser preso, mas ganhou a liberdade no dia seguinte mediante ao pagamento de fiança na audiência de custódia.
Na mesma decisão, o juiz plantonista estabeleceu medidas cautelares, entre elas não deixar a comarca de Rio Branco sem autorização judicial, o que é totalmente incompatível com a função que o agora réu exerce.
O servidor público tem como uma das tarefas principais fiscalizar os presídios do estado.
O detalhe é que a função permite o acesso às unidades prisionais a qualquer hora e sem qualquer procedimento de revista.
As autoridades policiais continuam investigando o caso e Agleno poderá enfrentar diversas acusações, incluindo tentativa de fraude, dirigir sob influência de substâncias ilícitas e causar um acidente grave.