A professora Naiara Pinheiro chegou a mais uma etapa na busca da cura do câncer de mama, a tão esperada última quimioterapia, celebrada em carreata no último sábado, 10, reunindo centenas de amigos. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil e, apenas em 2021, 18.139 mulheres vieram a óbito no país e estima-se a incidência de 73.601 mil casos este ano no Brasil.
Com a descoberta em novembro de 2023, Naiara não exitou em buscar ajuda de amigos e familiares para realizar um tratamento eficaz e de qualidade. Assim, por indicação da sua mastologista, ela buscou tratamento no Hospital de Amor, em Porto Velho (RO). Foram seis meses de idas e vindas, exames, quimioterapias, exaustão, cansaço, saudade e muita vontade de vencer.
“Estou imensamente feliz, em êxtase, porque eu sei que eu tenho muitos amigos e uma rede de apoio gigante, mas eu não imaginava que a carreata seria tão grandiosa como foi. Eu fiquei muito feliz com o carinho de todo mundo. O carinho daquelas pessoas que estiveram comigo nesse momento de comemoração, realmente foi mais uma dose de cura na minha vida. Eu estou muito feliz de ter conseguido encerrar esse ciclo, que sem dúvidas é um dos mais dolorosos. Foram seis meses nessa peleja, mas eu estou muito feliz que agora vai vir a cirurgia e depois a rádio. Não sei se terá outras coisas, mas eu creio que a minha cura já é certa. Se for depender de minha fé e do atendimento maravilhoso do hospital que eu estou fazendo lá, já estou curada.
Naiara tocou o sino – forma de comemorar a última quimioterapia – no último dia 5 de agosto em Porto Velho, onde faz o tratamento. Contudo, a pedido de amigos e familiares, deixou para comemorar no Acre em carreata com familiares e amigos.
Vale destacar que sem condições financeiras, a professora iniciou campanha solidária que contou com ajuda de amigos e familiares, e até o goleiro acreano Weverton Pereira, entrou na campanha e doou suas luvas e blusa para rifa.
Naiara ainda passará por outras etapas até receber o resultado total da cura.
Ele explica ainda que, agora, está na fase de exames, que mostrará para a mastologia e que depois passará por cirurgia.
“A cirurgia vai ser em setembro, ainda não tenho a data, mas será em setembro. Vou passar pelo geneticista também, pra ver se eu tenho pré-disposição a ter a doença ou não, pra decidir se faz a mastectomia total ou se faz só o quadrante. A cirurgia vem em setembro e em outubro eu tenho o retorno com o oncologista, que é pra ver se eu já vou pra rádio, ou se eu vou precisar tomar alguma vacina antes, ou se tem algum vestígio, se eu vou precisar fazer cirurgia duas vezes. Ainda tem cirurgia, ainda tem idas e vindas com o oncologista, aí depois vem a rádio e depois da rádio eu acredito que venha os acompanhamentos”.
A expectativa da docente é ouvir dos médicos que está em remissão.
“Minha expectativa é que os médicos falem: ‘você está em remissão’, ‘você está curada’, porque quando você é um paciente ecológico você sabe que está curado, porém se chama remissão. Onde a gente passa por cinco anos de acompanhamento até realmente pegar alta total. Então eu não vejo a hora de estar em remissão e ficar só nos acompanhamentos, até mesmo para que eu possa voltar para as minhas atividades normais, como voltar a dar aula, voltar a ficar aqui na minha casa, porque querendo ou não ainda vou ficar muito nessas idas e vindas a Porto Velho. Então sem dúvidas a minha maior expectativa hoje é entrar em remissão, porque eu acredito espiritualmente que estou curada, mas eu sei que para os médicos ainda tem um período para eu receber essa cura. E a minha maior expectativa é entrar em remissão”, finaliza.
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