quarta-feira, outubro 16, 2024

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A pirâmide da XLand: laudo da PF confirma que garantias de 500 milhões de dólares não passam de R$ 38 mil

A XLand Holding ofereceu pedras de Alexandrita como garantia de lastro em contratos firmados por meio da segurança Sekuro, alegando que o valor das pedras era elevado e criando confiança nos investidores. Segundo a empresa, as pedras possuíam um Certificado que atestava a guarda de um lote de Alexandrita em estado bruto, natural, pesando 20 kg e avaliado em U$$ 500.000.000,00 (quinhentos milhões de dólares).

A XLand apresentou também um Laudo de Avaliação Técnica emitido pela geóloga e gemóloga Weysida Carvalho, certificada pelo GIA (Gemological Institute of America), que teria garantido a autenticidade e o valor das pedras.

Confira (abaixo) na íntegra o documento que era apresentado aos pretensos investidores quando os consultores de investimentos realizavam sua consultorias que variavam entre políticos, empresários, líderes religiosos ou grupos de igrejas que eram recrutados e incentivados à investir

Contudo, uma operação da Polícia Federal apreendeu o lote de pedras, levantando dúvidas sobre o valor real dos ativos. Após a apreensão, peritos da Polícia Federal constataram que o valor das pedras era muito inferior ao apresentado pela XLand Holding. Uma análise especializada, conduzida por uma empresa de reciclagem e comercialização de joias e pedras preciosas, avaliou as Alexandritas apreendidas como de qualidade muito baixa, com o valor estimado em apenas R$ 1.300 por quilo. O lote total valeria aproximadamente R$ 38.000, uma fração do valor inicialmente alegado pela XLand.
Essa discrepância entre o valor real das pedras e o valor anunciado pela empresa levantou sérias questões sobre a transparência das operações financeiras da XLand Holding. Especialistas do setor ressaltam que, embora as Alexandritas sejam pedras raras, a qualidade e o tamanho das gemas influenciam significativamente seu valor. Entretanto, as alegações da XLand não condiziam com os números revelados pela perícia.
A segurança Sekuro, que respaldou os contratos firmados com base nas pedras, também passou a ser alvo de questionamentos, uma vez que a operação financeira se fundamentou em ativos cujo valor real foi desmentido pelas investigações.
Com a continuidade das investigações, as autoridades poderão apura se houve dolo ou fraude na oferta das pedras como garantia para investidores. O laudo de avaliação e o certificado emitido por Weysida Carvalho também estão sob suspeita, e o caso abre um debate sobre a necessidade de maior fiscalização e transparência em ofertas de lastro financeiro no mercado, especialmente em operações que envolvem grandes somas e ativos preciosos.

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