O progressistas cobra a fatura. Exige a Secretaria Municipal de Saúde, o maior orçamento do município. Também não abre mão de emplacar o vereador Samir Bestene na Presidência da Câmara Municipal. São as condições impostas pelo partido que retirou a candidatura própria a prefeito para apoiar a reeleição de Bocalom.
O grupo liderado pelo presidente da Saneacre, o ex-deputado José Bestene, aposta no poder de articulação e convencimento do vice eleito, o sobrinho dele, Alysson Bestene, primo do vereador. Um interlocutor disse há pouco que há acordos entre Alysson e Bocalom pela Semsa.
Os argumento mais fortes são
1 – PP tem a maior bancada, com 6 parlamentares.
2 – A gestão “muito apagada” do atual secretário de Saúde, Eliatian Nogueira.
Mas a missão não será fácil.
O prefeito quer o seu pupilo Joabe Lira na cadeira 1 do parlamento.
E tirar Eliatian do cargo, aliás, é contrariar os irmãos Rueda, que controlam o União Brasil e somente aceitaram apoiar Bocalom desde que a Saúde passasse às suas mãos.
O prefeito também não dá importância à transição de governo, processo natural que mostraria possíveis avanços na saúde pública como critério para manter o secretário onde ele está. Ao contrário, o prefeito já adiantou que não vai mexer em “time que tá ganhando”.
Bocalom foi avisado sobre a investida progressista. E se mantém em silêncio, por outros motivos:
1 – Afirmou que vai cumprir 4 anos de mandato, o que, para muito, sugere que Alysson não assumirá a prefeitura em 2026, como estava apalavrado;
2 – Causou desgastes internos horas após ser reeleito. Ou seja, extrapolou demais ao descartar o senador Alan Rick de seus planos para 2026. E isso incomodou os Rueda, que, em seguida, declararam apoio ao senador, hoje o preferido do eleitorado para assumir o governo em 2027.