Consumo diário de pistache pode melhorar a saúde ocular, aponta estudo

Um estudo realizado por pesquisadores da Escola Friedman de Ciência e Política Nutricional da Universidade Tufts, nos Estados Undios, revelou que o consumo diário de pistaches pode melhorar significativamente a saúde ocular ao aumentar a densidade óptica do pigmento macular (MPOD). A melhoria é atribuída ao pigmento vegetal luteína, essencial para proteger os olhos da luz azul e dos danos relacionados à idade.

A pesquisa, publicada no The Journal of Nutrition em 17 de outubro, incluiu 36 adultos saudáveis divididos em dois grupos: um que consumiu 57 gramas de pistache diariamente e outro que manteve a dieta habitual, sem a oleaginosa.

Os pesquisadores mediram o MPOD e os níveis de luteína no sangue dos voluntários no início do estudo, após seis semanas e ao final de 12 semanas. Os resultados mostraram que os participantes que consumiram pistaches tiveram um aumento significativo na densidade óptica do pigmento macular após seis semanas e o efeito foi mantido até o final do estudo.

“Nossas descobertas indicam que os pistaches não são apenas um lanche nutritivo, mas também podem fornecer benefícios significativos para a saúde ocular”, afirma Tammy Scott, neuropsicóloga clínica e pesquisadora principal do estudo, em comunicado à imprensa. “Isso é especialmente importante à medida que as pessoas envelhecem e enfrentam maiores riscos de deficiência visual”, explica.

A luteína do pistache e sua ação protetora nos olhos

O diferencial dos pistaches está na presença de luteína, um antioxidante potente que se acumula na retina e filtra a luz azul, a principal causadora de danos celulares na visão. O estudo mostrou que o consumo das oleaginosas quase dobrou a ingestão diária de luteína dos participantes, que normalmente é muito baixa na dieta americana.

“Ao simplesmente incorporar um punhado de pistaches na sua dieta, você pode melhorar sua ingestão de luteína, que é crucial para proteger seus olhos”, observa a pesquisadora.

A substância também pode beneficiar a função cerebral. “A luteína atravessa a barreira hematoencefálica, onde pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo e a inflamação”, comenta Elizabeth Johnson, co-pesquisadora do estudo.

O pigmento se acumula seletivamente no cérebro e pode desempenhar um papel na redução do declínio cognitivo. Pesquisas sugerem que níveis mais altos de luteína estão associados a um melhor desempenho cognitivo, incluindo memória e velocidade de processamento, tornando os pistaches uma adição valiosa à dieta que visa o envelhecimento saudável.

Além disso, os pistaches são uma fonte de gordura saudável, o que potencialmente aumenta a absorção da luteína pelo corpo.

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Fonte: Metrópoles

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