Delegado morto: PF apreende drone em velório e família Feghali avalia processar imprensa por abusos

Familiares do delegado da Polícia Federal Fares Feghali avaliam mover processo contra alguns meios de comunicação de Rio Branco. O delegado foi encontrado morto numa sala comercial do Centro Empresarial Rio Branco, Centro da capital, na terça-feira, palco de um suposto abuso na cobertura da imprensa.

Um drone foi apreendido durante o velório, no Cemitério Morada da Paz, onde o corpo foi sepultado na tarde desta quarta-feira. A PF não deu detalhes sobre a quem pertenceria o aparelho, e se as imagens aéreas teriam sido captadas. A família havia feito um pedido para que o corpo não fosse filmado e fotografado.

O funeral foi proibido para jornalistas após a família ter se sentido desrespeitada anda nos momentos em que Fares foi dado como morto e o corpo era recolhido pelo Instituto Médico Legal. Uma jornalista, segundo vídeo que viraliza na Web, tentou furar o cordão de isolamento feito por federais quando o corpo do delegado deixava o local. Ela aparece provocado os policiais tentando registrar o corpo. E disse ao vivo, numa emissora de TV: “infelizmente os policiais não deixaram a imprensa filmar o corpo”. E concluiu: “a PF dificultou o trabalho da imprensa”.

Outro episódio que desolou ainda mais os parentes do delegado inclui imagens do pai dele aos prantos sendo amparado por irmãos de Fares.

As informações foram repassadas por um familiar, que disse haver uma avaliação sobre buscar ou não reparações judiciais a setores da imprensa. “O momento ainda é de muita consternação. Acreditamos que a ética foi extrapolada. Isso não se faz”, declarou pedindo para não ser citada.