E. coli no McDonald’s: veja como conservar cebolas e outros vegetais

Um surto da bactéria Escherichia coli (E. coli) em lanchonetes do McDonald’s nos Estados Unidos causou infecções alimentares em 75 pessoas, sendo que 22 delas precisaram ser internadas com gravidade e uma morreu.

O caso teve novidades na noite dessa quinta-feira (24/10), quando um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) confirmou que as bactérias se reproduziram especialmente nas cebolas usadas nos sanduíches.

A E. coli é uma bactéria que está na microbiota intestinal humana. As infecções causadas por ela ocorrem, porém, quando a ingestão de alimentos contaminados aumenta muito sua quantidade no sistema digestivo, levando a dores abdominais, diarreia, vômito, dores ao urinar, presença de sangue nas fezes ou na urina e febre constante.

Em casos mais graves, a infecção pode ser fatal, mas no geral o corpo consegue reestabelecer sozinho o equilíbrio da flora intestinal depois de repouso e ingestão de líquidos.

Cebolas são difíceis de se armazenar

Especialistas alertam que contaminações de vegetais como a ocorrida no McDonald’s costumam ser mais frequentes pela dificuldade de armazená-los com segurança. Além disso, eles não passam pelo processo de cozimento, especialmente as folhagens, que poderiam evitar a contaminação.

Uma pesquisa publicada por nutricionistas da Universidade de São Paulo (USP) em 2023 apontou que embalagens de salada crua pronta são, em sua maioria, contaminadas e que 63,6% delas tem altos níveis de E. coli.

Para a nutricionista Elem Cristina Alves, professora do Ceub, em Brasília, as cebolas podem ser ainda mais desafiadoras de se armazenar, já que mantê-las na geladeira pode até facilitar a deterioração do alimento.

“Quando é resfriada, a cebola absorve umidade, perdendo a crocância e criando um ambiente mais favorável para o desenvolvimento de mofo. O vegetal deve ser armazenado em local fresco, seco e ventilado”, explica ela.

Em entrevista anterior ao Metrópoles, a gastroenterologista Maira Marzinotto, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, em São Paulo, aconselhou que é melhor escolher alimentos que passaram por cozimento quando se está comendo fora, evitando especialmente saladas, queijos, alimentos in natura, lanches naturais e sorvetes. “São produtos que estragam rapidamente quando ficam muito tempo fora da geladeira”, afirma ela.

Casca de cebola e cebola
A cebola só deve ir para a geladeira caso tenha sido descascada e deve ser conservada em potes herméticos por até uma semana

Como conservar bem os vegetais em casa?

Os especialistas apontam que a maior parte das contaminações pode ser controlada com a correta higienização e armazenamento dos alimentos. Saiba como limpá-los:

Passo 1: lave bem as frutas e hortaliças em água corrente para remover restos de terra ou pequenas sujeiras;

Passo 2: coloque-as de molho por 15 minutos em solução clorada, preparada com uma colher de sopa de água sanitária para cada litro de água.

Passo 3: enxágue em água corrente, deixe secar bem.

Passo 4: separe o que deve ser armazenado na geladeira e o que deve ser colocado em locais secos e frescos. Batata, alho e cebola, por exemplo, não devem ser conservados em baixas temperaturas.

Passo 5: tenha atenção à data de validade dos produtos e em quanto tempo alimentos devem ficar na geladeira. A cebola, por exemplo, pode ficar na geladeira se estiver descascada, mas deve sermantida em um pote hermético, preferencialmente de vidro, por no máximo uma semana. “De modo geral, frutas e legumes suportam em torno de sete a dez dias na geladeira, mas as folhas devem ficar no máximo por cinco”, conclui Elem.

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Fonte: Metrópoles

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