Estudo mostra que perda olfativa está ligada a 139 doenças. Entenda

A perda de olfato foi um dos principais sintomas do coronavírus no início da pandemia de Covid-19, em 2019 e 2020. Com a popularidade do problema, aumentaram também as pesquisas para identificar não só as doenças que causam a perda da capacidade de sentir cheiros, mas também como tratá-la.

Um estudo feito por neurobiólogos das universidades de Oxford e da Califórnia apontou que a perda olfativa, apesar de ter sido praticamente ignorada pela medicina por muitos anos, pode ser um sinal de perigosas doenças e condições de saúde.

A pesquisa, divulgada na revista científica Frontiers in Molecular Neuroscience no dia 10 de outubro, mostrou que a perda olfativa está relacionada a 139 doenças. “É uma conexão pouco conhecida, mas potencialmente transformadora: o papel que nosso olfato desempenha na manutenção da saúde física e mental é maior do que pensávamos”, resumiu o chefe do estudo, Michael Leon, em comunicado à imprensa.

De acordo com a investigação, a perda olfativa está conectada principalmente a doenças respiratórias e neurológicas, mas a lista inclui:

  • Alcoolismo;
  • Ansiedade;
  • AVC;
  • Covid longa;
  • Diabetes;
  • Deficiência de vitamina B12;
  • Epilepsia;
  • Enxaqueca;
  • Fibrose cística;
  • Menopausa;
  • Obesidade;
  • Parkinson;
  • Zika.
mulher cheirando uma tangerina, fotografia colorida
Perda de olfato pode ser sinal de mais de 139 doenças e condições médicas, diz estudo

Aromaterapia pode tratar perda olfativa

Os cientistas apontam, porém, que a vantagem de descobrir que a perda olfativa é sintoma de uma gama muito ampla de doenças é que a recuperação do sentido pode ajudar a tratar os danos causados por algumas dessas condições, especialmente as que afetam o cérebro.

“Os dados são particularmente interessantes porque descobrimos anteriormente que o enriquecimento olfativo pode melhorar a memória de adultos mais velhos em 226%. Agora, sabemos que aromas agradáveis ​​podem diminuir a inflamação, melhorando a saúde do cérebro”, explica Leon.

O enriquecimento olfativo pode ser feito através de aromaterapias que estimulem um maior repertório de fragrâncias ou mesmo por impulsos elétricos em zonas responsáveis pelo processamento dos cheiros no cérebro.

“Já percebemos que este tipo de alternativa ajuda a combater inflamações em zonas do cérebro e do aparelho respiratório. Será interessante ver se podemos melhorar os sintomas de outras condições com o enriquecimento olfativo”, concluiu o professor.

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Fonte: Metrópoles

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