O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, garantiu, nesta quinta-feira (24/10), que a inflação do país ficará dentro da meta para 2024. A declaração ocorre após o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação, registrar alta de 0,54% em outubro.
“No acumulado do ano estamos entendendo que a inflação deve ficar dentro da meta”, afirmou. Haddad está em Washington, capital dos Estados Unidos, para participar da última reunião dos ministros de finanças do G20.
O centro da meta da inflação para 2024 é de 3%, com variação de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, como foi estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Ou seja, com piso de 1,5% e teto de 4,5%.
A meta de inflação de cada ano é estabelecida pelo CMN, que é composto por:
- Ministro da Fazenda;
- Ministro do Planejamento e Orçamento; e
- Presidente do Banco Central.
Atualmente, o IPCA está em 4,42% no acumulado de 12 meses até setembro. Isso significa que o índice segue se aproximando do limite da meta do CMN. Para aproximar a inflação do centro da meta, o Banco Central (BC) usa a taxa básica de juros do país, a Selic — o principal instrumento de política monetária.
Para o ministro, a alta da inflação está mais ligada à postura da taxa de câmbio (o dólar) e da seca do que “propriamente de algum impulso maior nos preços reiterados”.
O titular da Fazenda ainda disse que a equipe econômica do governo federal está preocupada com a “questão da seca, tanto em relação à energia quanto em relação aos alimentos”.