Os médicos têm relatado um aumento no número de casos de herpes-zóster no Brasil – doença que também é conhecida como cobreiro, e atribuem isso ao envelhecimento da população. O vírus que provoca a herpes-zóster é o Varicela-Zóster (VVZ), que também causa a catapora.
A comunidade médica estima que ele esteja alojado em 95% dos brasileiros, uma vez que a vacina contra a doença começou a ser produzida em 1990. Todas as pessoas que tiveram catapora na infância ficam com o patógeno latente no corpo e, quando a imunidade cai, ele pode se manifestar novamente como herpes-zóster.
A herpes-zóster é uma doença muito dolorosa e incômoda, que coça e leva a formação de uma trilha de feridas no corpo. Em sua forma mais grave, ela pode causar cegueira, dores crônicas e aumentar o risco cardíaco do paciente.
“Não existe maneira de prevenir a herpes-zóster a não ser por meio da vacinação. Além das lesões de pele, o maior risco é a neuralgia pós-herpética, uma dor extremamente intensa. A vacina, além de reduzir a ocorrência da doença, também diminui a chance de essas dores surgirem”, explicou o infectologista André Bon, do Exame Medicina Diagnóstica, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Quais são as vacinas disponíveis contra a herpes-zóster?
Existem dois imunizantes contra a herpes-zóster no mercado, o Zostavax, produzido pela MSD, e o Shingrix, da GlaxoSmithKline (GSK). A segunda é a versão mais moderna, com tecnologia recombinante, que usa pedaços do vírus que não são capazes de causar a doença.
O imunizante contra a herpes-zóster não é administrado no sistema público de saúde. O valor das vacinas variam entre R$ 500 e R$ 1000 em clínicas particulares.
A vacina Zostavax é feita de modo tradicional, com vírus atenuado, e é aplicada em dose única. A Shingrix é composta por um componente chamado glicoproteína E (gE) do vírus da varicela-zóster e é administrada em duas doses, com um intervalo de 2 a 6 meses entre elas.
Quem corre mais riscos de ter herpes-zóster?
Adultos a partir de 50 anos que tiveram catapora devem tomar a vacina, já que o risco de desenvolver herpes-zóster aumenta significativamente com a idade.
Além desse grupo, pessoas acima de 18 anos que sejam imunocomprometidas e indivíduos que tiveram um episódio anterior de herpes-zóster também devem tomar a vacina. Embora a infecção anterior possa conferir alguma imunidade, a vacina previne recorrências e reduz a gravidade de sintomas futuros.
A médica Marcela Rodrigues, diretora da clínica de vacinas Salus Imunizações, de São Paulo, afirma que a busca pelos imunizantes vem aumentando. “Temos uma maior conscientização das pessoas dos riscos e mais médicos têm recomendado que os pacientes se vacinem quando possível. Além disso, estamos enfrentando um envelhecimento da população, o que aumenta o grupo de risco”, concluiu, em entrevista anterior ao Metrópoles.
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Fonte: Metrópoles