Imagens que dizem tudo: Bocalom se acha o “tal”, força até a amizade ao se lançar ao governo e Gladson pede calma

Imagens do último encontro do governador Gladson Cameli (PP) com o prefeito Tião Bocalom revelam uma possível inquietação do Progressistas com propostas lançadas fora de tempo pelo gestor municipal, menos de uma semana após ele ser reeleito.

Bocalom já se lançou candidato a governador em 2026 sem ao menos ter assumido o segundo mandato de prefeito. A informação trazida pelo Jornal A Tribuna desta sexta-feira é mais um posicionamento desagradável para aliados, e o governador Gladson Cameli, diz a publicação, “não vai se posicionar agora sobre a proposta do prefeito”.

Ademais, ao descartar o senador Alan Rick, o predileto do eleitorado hoje para o Governo do Acre, Bocalom também provocou reações contrárias do grupo Rueda, que comanda o União Brasil e o apoiou também. Veja a íntegra da reportagem sobre os bastidores de um jantar, na noite de quinta-feira, entre equipes do governo e prefeitura.

“Pela proposta, Bocalom seria candidato ao governo do Estado, com o governador Gladson e o senador Márcio Bittar disputando o Senado. Gladson considerou que há muito tempo até essa definição e que é necessário ouvir as demais forças políticas
envolvidas, bem como o cenário eleitoral e os interesses de outros prováveis candidatos.
Para Gladson, não é o momento de definição, já que mal se saiu da uma eleição.
O que Bocalom põe na mesa é a possibilidade do vice-prefeito Alysson Bestene assumir a prefeitura por mais de soia anos, em troca do apoio para sua pretensão ao governo do Estado. Também asseguraria o apoio do governador à candidatura á eleição do senador Márcio Bittar em uma coligação com o PL, partido ao qual Márcio deve se filiar.
O projeto, entretanto, gera controvérsias e reações. Bastou ser anunciado pelo prefeito que
o secretário Fábio Rueda, da representação do Acre em Brasília, assegurar que o União Brasil está unido em torno da candidatura do senador Alan Rick ao governo. Rueda afirmou que o senador “é uma figura de prestígio dentro do partido e que não enfrentará dificuldades para sua candidatura”. Rueda afirmou que o prefeito recém-reeleito deve concentrar- -se em concluir sua gestão. “Bocalom foi eleito agora e o projeto dele deve ser terminar o mandato na prefeitura. Esse é o caminho natural”, disse o dirigente do União.
A proposta também esbarra nos compromissos com a vice Mailza Assis, que deve assumir
o governo na desincompatibilização do governador para a disputa do senado e que seria a
candidata á reeleição natural do Progressistas. Mailza está reforçando sua equipe e vai contar com o ex-deputado Henrique Afonso, que renunciou aos meses finais de seu mandato como vice-prefeito de Cruzeiro do Sul para integrar a equipe da vice.
Outros partidos, como o PDT e o Republicanos devem ser ouvidos no devido tempo.
Gladson Cameli não deve se posicionar a respeito por enquanto, até para observar o
segundo mandato de Bocalom frente á prefeitura e não desgastar seu inequívoco cacife político demonstrado nas eleições municipais”