Juro do rotativo do cartão de crédito vai a 438,4% em setembro, diz BC

Juro do rotativo do cartão de crédito vai a 438,4% em setembro, diz BC

O Banco Central (BC) informou, nesta quarta-feira (30/10), que os juros médios cobrados pelas instituições financeiras nas operações com cartão de crédito passaram de 426,9% ao ano (em agosto) para 438,4% (em setembro).

Este é o maior patamar dos juros médios desde dezembro de 2023, quando chegaram a 442,1% ao ano. As informações estão presentes no relatório de Estatísticas Monetárias e de Crédito.

O aumento ocorre mesmo após o Conselho Monetário Nacional (CMN) estabelecer, em dezembro de 2023, que as operações de juros rotativos a partir de 3 de janeiro deste ano não poderiam ultrapassar 100% do valor original da dívida.

A nova regra prevê que o valor total cobrado nos juros dos cartões de crédito rotativos não poderá exceder o valor original da dívida. Por exemplo, se R$ 1 mil entram no rotativo, o banco poderá cobrar, no total, outros R$ 1 mil em juros e encargos.

O que é o rotativo do cartão de crédito

O rotativo é uma linha de crédito pré-aprovada no cartão. Ela é acionada por quem não pode pagar o valor total da fatura na data de vencimento. Em caso de inadimplência do cliente, o banco deve parcelar o saldo devedor ou oferecer outra forma de quitação da dívida, em condições mais vantajosas, em um prazo de 30 dias.

Estoque de crédito

Ainda de acordo com o relatório do Banco Central, o saldo das concessões de crédito avançou 1,2% em setembro, chegando a R$ 6,2 trilhões. Esse crescimento foi impulsionado pelos incrementos mensais de 1,6% e de 1% no crédito às empresas e às famílias, respectivamente, com saldos de R$ 2,4 trilhões e R$ 3,8 trilhões, respectivamente.

No acumulado de 12 meses, a carteira total de crédito do Sistema Financeiro Nacional (SFN) atingiu alta de 9,9%.

O estoque de crédito livre para as pessoas físicas cresceu 0,7% em setembro (R$ 2,1 trilhões) na comparação com agosto. Já a carteira de crédito direcionado subiu 1%, com saldo de R$ 2,6 trilhões no mês passado.


Fonte: Metrópoles