Análise: A Fazenda é um show de baixaria sem qualquer entretenimento

Sou do tipo consumidora de reality show. Viciada em “BBB”, sou aquela que não perde um “Casamento às Cegas”, adorei o “Ilhados com a Sogra” e gostei até mesmo do supercriticado “Estrela da Casa”, mas se tem um programa que não “me desce” é “A Fazenda”. O reality da Record não entretém. Já perceberam? Com um elenco cheio de subcelebridades que querem aparecer a qualquer custo, a atração mira na baixaria e dá taquicardia a quem tenta assistir.

É batata: em qualquer momento em que a tevê estiver sintonizada na emissora na hora de “A Fazenda 16” uma briga está rolando. Mas não é qualquer briga. É barraco com xingamentos, ameaças, dedo na cara e muitas agressões. Muitas! Os participantes se agridem o tempo todo, com falas inacreditáveis e muitas vezes até criminosas.

Tem quem peça a Record uma intervenção em alguns casos, mas a emissora não preza pela transparência no caso deste reality. Ao que parece, a ideia é mesmo deixar o circo pegar fogo porque é o que anda dando audiência por lá. Mas a que custo?

Como boa fã desse tipo de atração, curto um barraco, uma boa discussão, uma briga. Mas a impressão que se dá é que “A Fazenda” extrapola qualquer limite. Já que sou colunista de novela faço uma comparação até com o que se vê e comenta no ar. “Mania de Você” está sendo bastante criticada por não tem um alívio cômico, umas cenas mais leves, ser tudo soturno e pesado demais. “Tem muita maldade”, reclamam uns.

Em “A Fazenda 16” acontece a mesmíssima coisa. Não há um respiro em meio a tanta guerra e gritaria. E a edição, que foca nesse tipo de acontecimento, é fraca e deixa muito a desejar porque parece um apanhadão de cenas sem uma ordem cronológica, sem uma história contada. É meio que: “é baixaria que vocês querem? então, é baixaria que vocês vão ter”.

Não é à toa que quando surge uma nova subcelebridade por aí, o comentário é que vai virar participante de “A Fazenda” depois. Com raríssimas exceções – como Sacha Bali nesta edição e Barbara Borges no ano passado – a maioria das pessoas que passa por ali não tem nenhum pudor em fazer qualquer coisa para aparecer.

Infelizmente, o reality da Record deixou de ser uma opção para mim porque quem nasceu para peão jamais será um brother. Falem o que quiserem, mas se tem uma coisa que o “BBB” sabe fazer é mesclar bem os ingredientes para fazer uma mistura mais saudável no campo do entretenimento. Com seus erros e (mais) acertos, o “Big Brother” está muito a anos-luz do seu concorrente.



Fonte: Portal LEODIAS

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