Atriz de “Volta por Cima”. Rainha de Bateria do Salgueiro. Mãe de Joaquim. Viviane Araújo tem muitas alcunhas e há quase 18 anos não é mais a “mulher do Belo”. Há uma boa parcela de pessoas que não sabia – ou até nem lembrava – que ela e o cantor já foram marido de mulher; inclusive estavam juntos no período em que o artista foi preso. É por isso que um depoimento dela fez tanta falta no documentário “Belo: Perto Demais da Luz”.
É claro que é perfeitamente compreensível que ela não tenha aceitado participar do doc. É uma história que faz parte do seu passado, foi um período traumático, uma separação conturbada e ela tem todo o direito do mundo de não querer tocar no assunto.
A questão é que o assunto vai ser falado com ou sem ela. A história que ela viveu será revivida novamente; quer ela queira ou não. Tudo que ela gostaria de esquecer será falado de novo; eles são pessoas públicas, aconteceu, não há como apagar. E talvez tivesse sido bom para Viviane mostrar o seu lado.
Como bem Leo Dias falou no documentário, ela enfrentou um calvário com a prisão do marido, que ficou detido por mais de três anos. Viviane poderia ter arrumado uma desculpa para abandoná-lo e não o fez; ela esteve ao lado dele até o fim. O resultado? Um pé na bunda conhecido pelo Brasil inteiro.
Viviane poderia ter usado o espaço que lhe foi oferecido para “dar o seu troco”: mostrar que não ter deixado Belo no momento mais sensível de sua vida fez muito bem a ela. Se alguém achava que a atriz só era famosa por ser casada com o pagodeiro, a morena sobreviveu, renasceu das cinzas e escreveu a sua história. Abraçou as novas oportunidades que surgiram, sacudiu a poeira e se tornou a mulher que é com uma legião de fãs e, mais do que isso: com uma legião de admiradores.
O documentário do Belo está disponível no Globoplay desde esta quinta-feira, 28/11, e conta com quatro episódios. Viviane Araújo é citada e aparece em várias imagens e entrevistas antigas.
Fonte: Portal LEODIAS