Desde o início de agosto, o Brasil tem registrado um aumento significativo nos casos de Influenza B, um dos vírus responsáveis pela gripe.
Dados divulgados pelo Ministério da Saúde em 25 de outubro mostram que o patógeno representa 12% dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) e está relacionado a 13% das mortes causadas pela doença em todo o país.
O relatório aponta que a circulação do Influenza B aumentou principalmente nas regiões Sudeste e Sul, com maior detecção em outubro. No entanto, apesar do crescimento observado nos últimos dois meses, exames realizados em laboratórios privados indicam uma tendência de queda na circulação do vírus.
A SRAG, uma condição potencialmente grave que afeta os pulmões e pode evoluir para insuficiência respiratória, é uma das complicações associadas à infecção pelo vírus da gripe, incluindo o Influenza B.
Sintomas da influenza B
Em entrevista anterior ao Metrópoles, o infectologista Andre Bon, do Exame Medicina Diagnóstica, apontou que os principais sintomas da gripe incluem febre alta e tosse intensa, podendo evoluir para pneumonia em casos mais graves, especialmente em pessoas de grupos de risco, como crianças, idosos, gestantes e indivíduos imunossuprimidos.
De acordo com o Ministério da Saúde, outros sinais costumam aparecer de forma súbita, incluindo:
- Calafrios;
- Mal-estar;
- Cefaleia;
- Mialgia;
- Dor nas juntas;
- Prostração;
- Secreção nasal excessiva
- Diarreia;
- Vômito;
- Fadiga;
- Rouquidão;
- Olhos avermelhados e lacrimejantes
“O diagnóstico é feito através de testes moleculares ou de antígeno, e é fundamental para diferenciar e orientar o tratamento, já que as formas mais tradicionais de influenza e Covid-19 são indistinguíveis do ponto de vista de sintomas”, afirmou Bon.
Tratamento e prevenção
O tratamento geralmente envolve repouso e o uso de medicamentos para dor e febre. “No entanto, em pacientes com maior risco de evolução para quadros graves, existe a opção de início de tratamento com o oseltamivir (Tamiflu), um antiviral que deve ser administrado nas primeiras 48 horas de sintomas”, explicou o infectologista.
O profissional reforçou que o diagnóstico precoce é importante para começar o tratamento no momento oportuno.
Os grupos de risco também devem tomar a vacina contra a gripe, disponível no SUS e na rede privada. Todos os anos, a fórmula é atualizada com as cepas do influenza que estão circulando em outros países.
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Fonte: Metrópoles