Eleições na Câmara: Joabe canta de galo, propõe cargo de vice ao grupo Bestene e Bocalom desafia autoridade de Cameli

O prefeito Tião Bocalom atua para evitar a ascensão do Progressistas no poder de mando do legislativo municipal. Voltou atrás na decisão de permanecer neutro na eleição da mesa-diretora para o biênio 2025-2026, e seu preferido, sem novidade alguma, é o ex-gestor da Zeladoria, Joabe Lira, eleito vereador em outubro.

Lira declara aos quatro cantos que ao PP restarão duas opção apenas: a primeira vice-presidência ou a Primeira-secretaria, esse último o cargo que gerencia o cofre da Câmara. E não abre mão de disputar a presidência da casa.

Ao jornal A Tribuna, edição desta terça-feira, Joabe Lira declarou: “abrimos mão da indicação do vice na chapa do prefeito Tião Bocalom para dar espaço ao grupo
político do Alisson Bestene. Nada mais justo que possamos indicar o nome para presidir a mesa diretora da Casa”. A proposta tem aquiescência do prefeito, com quem Joabe combinou antes de falar com jornalistas.

Restou a indignação ao vereador reeleito Samir Bestene, que esperava senão apoio mas imparcialidade do prefeito como reconhecimento pela entrada do governo na campanha de 2024.

O filho do presidente da Saneacre, José Bestene, compõe a maior bancada (o PP elegeu 6), o mesmo número de cadeiras do PL e UB, que o prefeito deve convencer para eleger seu protegido.

O governador Gladson Cameli, segundo apurou a reportagem, não gostou das últimas informações que chegaram a ele. Havia dito que não se meterá na disputa. Porém, Joabe Lira não é o nome que ele defende.

A intervenção de Bocalom será direta e presencial, especialmente entre os parlamentares reeleitos, que detêm cargos na administração pública. O gesto sinaliza que não é nada boa a relação com o grupo leal ao governador Gladson Cameli (PP), o mesmo que apoiou a reeleição do prefeito.

Ou seja, Bocalom agora usa a máquina dele contra o maquinário que lhe deu a vitória nas urnas.

Os dois grupos negociam votos com os dois eleitos do PSDB,
dos vereadores do Podemos, Republicanos e do Solidariedade e um do PT.
O vereador eleito Bruno Moraes (Progressistas), se apresenta como uma alternativa para evitar o enfrentamento dos partidos aliados. O atual, presidente Raimundo
Neném (PL) chegou tentar articular uma chapa avulsa, mas esbarrou na resistência dos pares no regimento da Casa que não permite à reeleição”, informa A Tribuna, que acrescenta:

Os candidatos que desejam sair vitoriosos na eleição para a mesa diretora precisam contar com o apoio dos pares: Felipe Tchê (Progressistas), Lucilene da Droga Vale (Progressistas), Neném Almeida (MDB), Marcio Mustafá (PSDB), Eber Machado (MDB), Matheus Paiva (União Brasil), Leôncio Castro (PSDB), João Paulo Silva (Podemos), Moacir Junior (Solidariedade), Zé Lopes (Republicanos) e André Kamai (PT). “A escolha
da nova Mesa Diretora deve dar um norte para a nova legislatura”, aposta o vereador emedebista, Fábio Araújo. A legenda conta com três vereadores, que a credencia a disputar cargos na mesa diretora da Casa.

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