Pesquisadores do King’s College London, da Inglaterra, acreditam que a nova geração de medicamentos para diabetes e obesidade, como o Ozempic e o Wegovy, pode causar uma “revolução” no combate ao câncer de intestino.
Agora, os professores Tim Spector e Sarah Berry, do King’s College London, tentarão aprofundar o assunto em uma nova pesquisa. Eles investigarão a ligação entre as bactérias que compõem o microbioma intestinal e os cânceres colorretais.
O projeto de cinco anos é financiado pelo Cancer Research UK e pelo instituto Bowelbabe Fund. A pesquisa contará com ensaios clínicos com pessoas que usam os medicamentos para perda de peso para avaliar o impacto delas no microbioma.
“Acredita-se que, se certas bactérias estiverem presentes no microbioma, você pode ter mais probabilidade de desenvolver a doença. Se pudermos confirmar isso, é possível que os médicos consigam descobrir, a partir de uma amostra de fezes, se você corre risco de ter tumores no futuro”, explicaram os professores, em entrevista ao jornal Daily Mail.
12 imagens
1 de 12
Também conhecido como câncer de cólon e reto ou colorretal, abrange os tumores que se iniciam na parte do intestino grosso -chamada cólon -, no reto e ânus
Getty Images
2 de 12
De acordo com dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), a estimativa é de que o problema tenha provocado o óbito de cerca de 20 mil pessoas no Brasil apenas em 2019
Getty Images
3 de 12
O mês de março é dedicado à divulgação de informações sobre a doença. Se detectado precocemente, o câncer de intestino é tratável e o paciente pode ser curado
Getty Images
4 de 12
Os principais fatores relacionados ao maior risco de desenvolver câncer do intestino são: idade igual ou acima de 50 anos, excesso de peso corporal e alimentação pobre em frutas, vegetais e fibras
Getty Images
5 de 12
Doenças inflamatórias do intestino, como retocolite ulcerativa crônica e doença de Crohn, também aumentam o risco de câncer do intestino, bem como doenças hereditárias, como polipose adenomatosa familiar (FAP) e câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC)
Getty Images
6 de 12
Doses de café pode reduzir em 30% risco de câncer de intestino
Getty Images
7 de 12
Os sintomas mais associados ao câncer do intestino são: sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, dor ou desconforto abdominal, fraqueza e anemia, perda de peso sem causa aparente, alteração das fezes e massa (tumoração) abdominal
Getty Images
8 de 12
O diagnóstico requer biópsia (exame de pequeno pedaço de tecido retirado da lesão suspeita). A retirada da amostra é feita por meio de aparelho introduzido pelo reto (endoscópio)
Getty Images
9 de 12
O tratamento depende principalmente do tamanho, localização e extensão do tumor. Quando a doença está espalhada, com metástases para o fígado, pulmão ou outros órgãos, as chances de cura ficam reduzidas
Getty Images
10 de 12
A cirurgia é, em geral, o tratamento inicial, retirando a parte do intestino afetada e os gânglios linfáticos dentro do abdome. Outras etapas do tratamento incluem a radioterapia, associada ou não à quimioterapia, para diminuir a possibilidade de retorno do tumor
Getty Images
11 de 12
A manutenção do peso corporal adequado, a prática de atividade física, assim como a alimentação saudável são fundamentais para a prevenção do câncer de intestino
Getty Images
12 de 12
Além disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha, mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame) e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por semana
Getty Images
Ozempic e câncer
O Ozempic e o Wegovy têm a semaglutida como princípio ativo. A substância simula a ação do GLP-1, hormônio produzido no intestino, e regula a glicemia (nível de açúcar no sangue) e as respostas da saciedade.
Um estudo apresentado em junho na conferência da Sociedade Americana de Oncologia Clínica, realizada em Chicago, mostrou evidências de que os medicamentos com semaglutida podem reduzir o risco de vários tipos de câncer, incluindo mama, intestino, pâncreas e ovário.
Pacientes obesos que utilizaram essas medicações apresentaram uma probabilidade quase 20% menor de desenvolverem tumores, segundo o trabalho.
Embora os pacientes que utilizaram o medicamento não tenham perdido tanto peso quanto os que foram submetidos à cirurgia bariátrica, ambos os grupos tiveram cerca de 19% menos probabilidade de desenvolver cânceres quando comparados às pessoas obesas que não receberam qualquer tratamento.
Siga a editoria de Saúde no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!
Em uma entrevista recente ao programa “Good Morning America”, Angelina Jolie abriu seu coração sobre a maternidade e a relação com seus seis filhos....