Após ser anunciado como piloto da Sauber para 2025, o brasileiro Gabriel Bortoleto falou sobre como aconteceram as negociações para integrar a equipe.
Em entrevista ao podcast oficial da Fórmula 1, Bortoleto destacou que as conversas para estar na equipe durante a próxima temporada foram rápidas, levando em consideração o padrão da categoria.
“Obviamente, estávamos conversando há alguns meses, eu acho, mas o que iria acontecer se fosse acontecer em 2025 ou 2026. Mas eu acho que as notícias para 2025 chegaram não há muito tempo”, declarou.
O piloto, que lidera a Fórmula 2 com a Invicta Racing, poderia ficar um ano sem correr, já que o campeão da categoria, que serve como base para a F1, não pode disputar uma nova temporada. Sendo assim, fechar com a Sauber foi uma saída para continuar no circuito.
“É muito bom, porque não queria ficar um ano sem correr e agora poder continuar o momento de pilotar F3, F2 e agora ir para F1 no próximo ano, eu acho que é o melhor jeito de fazer isso”, disse.
Dificuldades para os brasileiros no automobilismo
Bortoleto revelou quais as dificuldades que um piloto de automobilismo, especialmente sendo brasileiro, sofre para disputar as categorias de formação da Fórmula 1. Para o piloto, a ajuda de patrocinadores pode ajudar no desenvolvimento do esporte no Brasil.
“Do meu lado, eu não sei se as coisas mudaram nos últimos anos ou não, mas, obviamente, é muito difícil para nós pagar por uma temporada na F3, na F2, porque acho que é muito difícil conseguir patrocinadores atualmente para apoiar nossa ida (dos pilotos brasileiros) para a Europa”, afirmou.
O brasileiro ainda afirmou que, para seguir a carreira de piloto, precisou contar com a ajuda da família, principalmente durante o período de Fórmula 2, categoria em que ele é o líder na atual temporada, faltando apenas duas corridas para o fim.
“Não foi fácil ir para a F1 na minha situação, sempre tive muito apoio do lado da minha família e obviamente sabemos que, entre nós, quanto esforço eles colocaram, quantas coisas eles não puderam fazer para eu continuar correndo, quantas coisas tivemos que vender ou não fazer para eu correr na F2 essa temporada, então foi duro”, finaliza.
Fonte: Metrópoles