Depois de se reunir com integrantes do Ministério da Defesa, na manhã desta quarta-feira (13/11), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi até a Residência Oficial do Presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), para tratar das medidas de corte de gastos públicos.
A reunião, que começou pouco depois das 14h, era esperada há dias. O titular da Fazenda vinha dizendo que era intenção do governo Lula (PT) apresentar previamente as medidas aos presidentes da Câmara e do Senado.
Enquanto ocorria a reunião entre Fazenda e Defesa, Lula recebeu o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), no Planalto.
O próprio Haddad já indicou que haverá a necessidade de pelo menos uma proposta de emenda à Constituição (PEC), além de um projeto de lei complementar (PLP). Alterações constitucionais exigem quórum elevado para aprovação (308 votos de deputados e 49 de senadores).
Possível inclusão de militares
A reunião da manhã desta quarta durou cerca de uma hora, sem nenhuma declaração pública no final. Participaram do encontro o secretário-executivo da Fazenda, Dario Durigan; o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron; o secretário-geral da Defesa, Luiz Henrique da Costa; e os comandantes das três Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica.
A reunião da equipe da Fazenda com Múcio ocorre após pedido do presidente Lula para inclusão da pasta no esforço fiscal da revisão dos gastos públicos da União. Nesta tarde, o próprio presidente se reúne com o ministro da Defesa, no Palácio do Planalto, para tratar do tema.
Até agora, as pastas que devem passar por eventuais cortes são: Educação, Saúde, Trabalho e Previdência Social.
Inicialmente, a intenção da equipe econômica era resolver as medidas e apresentar o conjunto de cortes de gastos antes da reunião de cúpula do G20, que ocorre na semana que vem, no Rio de Janeiro. No entanto, já há rumores de que o anúncio pode ficar para depois do evento internacional.
Fonte: Metrópoles