Homem confunde bactéria carnívora com gripe e tem nádega amputada

O ex-bombeiro Simon English, de 55 anos, quase perdeu a vida em abril deste ano após adquirir uma infecção causada por uma bactéria conhecida como “comedora de carne”.

Em 26 de março, Simon acordou com sintomas semelhantes aos de uma gripe, com febre e uma leve indisposição. Os sintomas, entretanto, pioraram rapidamente e ele passou a sentir um mal-estar generalizado.

Fasciíte necrosante

No hospital, o bombeiro foi internado e os médicos o diagnosticaram com fasciíte necrosante, tipo de infecção bacteriana que leva à destruição rápida dos músculos e da pele.

As dores eram tão intensas que Simon teve de ficar duas semanas inteiras sendo medicado com morfina, o que o fez perder a memória do período. Em entrevista à mídia internacional, ele disse que só lembra de ter sentido muito medo de morrer.

A infecção provocada pela bactéria comedora de carne se espalha rapidamente e tem uma taxa de mortalidade entre 20 e 40%, uma das mais altas entre as doenças transmitidas por esse tipo de microorganismo.

Um grupo de seis bactérias pode causar a fasciíte necrosante. Elas liberam substâncias tóxicas que destroem os tecidos moles do corpo. O tratamento é feito com antibióticos, mas, em casos avançados, é preciso fazer cirurgias de emergência para retirar a área afetada.

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Ele diz que foi o auxílio de sua família que permitiu que ele se recuperasse

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Simon é um bombeiro aposentado

Reprodução/Facebook/kay.m.english

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Ele diz que foi o auxílio de sua família que permitiu que ele se recuperasse

Reprodução/Facebook/kay.m.english

Tratamento contra a bactéria

Foi o que aconteceu com Simon. Ele tinha sofrido um corte pequeno que sequer tinha notado na nádega e a infecção se espalhou tanto antes de ele procurar socorro que foi preciso iniciar uma série de cirurgias.

O ex-bombeiro precisou retirar toda a pele e parte da musculatura da nádega esquerda e foi feito um enxerto de pele no local, retirado da perna esquerda dele. Ele passou ainda por uma colostomia para desviar o destino das fezes e permitir uma melhor cicatrização dos tecidos. O corpo, porém, rejeitou o enxerto o que o levou a fazer um segundo procedimento.

“Ficou parecendo que um tubarão tinha mordido a minha bunda. Hoje em dia minha ferida está totalmente curada e estou me adaptando para voltar à vida normal”, descreveu.

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Fonte: Metrópoles

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