Homem que tentou esconder “pelo encravado” com barba descobre câncer

Homem que tentou esconder “pelo encravado” com barba descobre câncer

O inglês Simon Heaton, 50 anos, se preocupa muito com a aparência. Há três anos, ele optou por deixar a barba crescer depois de perceber uma espinha na bochecha que nunca sarava. Recentemente, o técnico de futebol descobriu que o “pelo encravado” era, na verdade, câncer de pele.

“Notei uma pequena espinha no meu rosto há três anos e não dei atenção. Ela desapareceu e, algumas semanas depois, voltou um pouco maior. Não estava dolorido, mas eu sabia que estava lá e estava me incomodando”, lembra em entrevista ao jornal The Sun.

Por meses, Simon viu a espinha crescer na bochecha esquerda, formar uma crosta, cair e voltar. Ele só procurou atendimento médico em julho de 2023, quando a mãe o incentivou a fazer um check-up. O inglês ficou surpreso quando um dermatologista sugeriu se tratar de um caso de câncer de pele do tipo carcinoma basocelular.

O carcinoma basocelular é o tipo de câncer de pele mais comum e o menos agressivo. O tumor é formado por células basais, comuns da pele, que se multiplicam de forma desordenada. Os principais sinais de alerta são aparência perolada, como se estivesse coberto de cera, sangramentos, formação de crostas e aparência de ferida que não cicatriza.

“Cinco minutos depois de consultar o clínico geral, ele me encaminhou para um dermatologista, que me examinou novamente e confirmou o diagnóstico. Não pensei que seria câncer. Foi um choque”, conta.

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O câncer de pele é o tipo de alteração cancerígena mais incidente no país, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca). A enfermidade pode aparecer em qualquer parte do corpo e, quando identificada precocemente, apresenta boas chances de cura

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A exposição solar exagerada e desprotegida ao longo da vida, além dos episódios de queimadura solar, é o principal fator de risco do câncer de pele. Segundo o Inca, existem diversos tipos da doença, que geralmente são classificados como melanoma e não-melanoma

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Os casos de não-melanoma são mais frequentes e apresentam altos percentuais de cura. Além disso, esse é o tipo mais comum em pessoas com mais de 40 anos e de pele clara

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O melanoma, por sua vez, tem menos casos registrados e é mais grave, devido à possibilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Por isso é importante fazer visitas periódicas ao dermatologista e questionar sobre sinais suspeitos

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Apesar de ser um problema de saúde que pode afetar qualquer pessoa, há perfis que são mais propensos ao desenvolvimento do câncer de pele, tais como: ter pele, cabelos e olhos claros, histórico familiar da doença, ser portador de múltiplas pintas pelo corpo, ser paciente imunossuprimido e/ou transplantado

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Segundo especialistas, é importante investigar sempre que um sinal ou pinta apresentar assimetria, borda áspera ou irregular, duas ou mais cores, ter diâmetro superior a seis milímetros, ou mudar de tamanho com o tempo. Todos esses indícios podem indicar a presença de um melanoma

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Os primeiros sinais de não-melanona tendem a ter aparência de um caroço, mancha ou ferida descolorida que não cicatriza e continua a crescer. Além disso, pode ter ainda aparência lisa e brilhante e/ou ser parecido com uma verruga

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O sinal pode causar coceira, crostas, erosões ou sangramento ao longo de semanas ou até mesmo anos. Na maioria dos casos, esse câncer é vermelho e firme e pode se tornar uma úlcera. As marcas são parecidas com cicatrizes e tendem a ser achatadas e escamosas

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O câncer de pele geralmente aparece em partes do corpo onde há maior exposição ao sol, estando muito associada à proteção inadequada com filtros solares

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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer, o não-melanona tende a ser completamente curado quando detectado precocemente. Ele raramente se desenvolve para outras partes do corpo, mas se não for identificado a tempo, pode ir para camadas mais profundas da pele, dificultando o tratamento

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O diagnóstico do câncer de pele é feito pelo dermatologista por meio de exame clínico. Em determinadas situações, pode ser necessária a realização do exame conhecido como “Dermatoscopia”, que consiste em usar um aparelho que permite visualizar camadas da pele não vistas a olho nu. Em situações mais específicas é necessário fazer a biópsia

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Segundo o Ministério da Saúde, “a cirurgia oncológica é o tratamento mais indicado para tratar o câncer de pele para a retirada da lesão, que, em estágios iniciais, pode ser realizada sem internação”

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Ainda segundo a pasta, “nos casos mais avançados, porém, o tratamento vai variar de acordo com a condição em que se encontra o tumor, podendo ser indicadas, além de cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia”

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Entre as recomendações para a prevenção do câncer de pele estão: evitar exposição ao sol, utilizar óculos de sol com proteção UV, bem como sombrinhas, guarda-sol, chapéus de abas largas e roupas que protegem o corpo. Além, é claro, do uso diário de filtro solar com fator de proteção solar (FPS) 15 ou mais

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O tumor foi removido em uma cirurgia de uma hora realizada em 22 de outubro deste ano. Simon ficou com uma cicatriz de 7 cm na bochecha e espera os resultados de novos exames para saber se precisará de algum tratamento complementar.

Enquanto o resultado não sai, Simon tem se dedicado a contar sua história para que os amigos e outros homens prestem mais atenção a mudanças no próprio corpo.

Ele conta que era adepto do bronzeamento artificial na juventude. “Nos meus 20 anos, eu usava camas de bronzeamento artificial três vezes por semana durante seis minutos, sem usar protetor solar, porque me sentia melhor quando estava bronzeado. Nas férias de verão, assim que o sol nascia, ficava em uma espreguiçadeira até o sol se pôr. Eu usava fator 12 e depois reduzia para óleo nos últimos dias”, recorda.

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Fonte: Metrópoles