Mediterrânea verde: cientistas sugerem adaptações para a dieta famosa
Uma versão adaptada da dieta mediterrânea pode ser ainda mais benéfica para a saúde cerebral. Pesquisadores de Israel afirmam que acrescentar chá verde, nozes e um smoothie verde ao cardápio tradicional pode retardar o envelhecimento do cérebro e reduzir o risco de demência futura.
Os cientistas realizaram um experimento com aproximadamente 300 pessoas obesas. Os resultados mostraram que a dieta mediterrânea verde foi capaz de reduzir os níveis de açúcar no sangue e de acelerar o metabolismo dos participantes, além de demonstrar efeitos neuroprotetores.
“O acréscimo do consumo de chá verde e smoothies foi associado a melhorias significativas na saúde do cérebro, especialmente em participantes que consumiram o shake pelo menos três vezes por semana e beberam o chá verde diariamente”, afirmaram os autores, em comunicado à imprensa.
Dieta mediterrânea verde
A dieta mediterrânea tradicional preza pelo consumo de gorduras saudáveis, peixes ricos em Ômega-3, grãos integrais, frutas e vegetais frescos. Ela se tornou popular após estudos mostrarem seus benefícios para a longevidade e a prevenção de doenças, incluindo as cardíacas e o câncer.
Os pesquisadores da Universidade Ben-Gurion do Negev, em Israel, acrescentaram chá verde, nozes e um smoothie à base de Mankai – planta aquática conhecida como lentilha da água – para potencializar os benefícios da deita mediterrânea tradicional.
Melhores dietas para comer saudável:
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Dieta Mediterrânea – Baseada em alimentos frescos, escolhidos conforme a estação do ano, e naturais, é interessante por permitir consumo moderado de vinho, leite e queijo. O cardápio é tradicional na Itália, Grécia e Espanha, usa bastante peixe e azeite, e, desde 2010, é considerado patrimônio imaterial da humanidade. Além de ajudar a perder peso, diminui o risco de doenças cardiovasculares
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Dieta Dash – A sigla significa, em português, Métodos para Combater a Hipertensão e foca não só em diminuir a quantidade de sódio ingerida, mas em alimentos ricos em proteínas, fibras, potássio, magnésio e cálcio. A dieta tem 20 anos e é reconhecida por várias publicações científicas pela eficiência em reduzir a pressão arterial e controlar o peso
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Dieta Flexitariana – Sugere uma redução de até 70% do consumo de carne, substituindo a proteína animal por vegetais, frutas, sementes, castanhas e cereais. Com o regime, o organismo ficaria mais bem nutrido e funcionaria melhor. É recomendado começar trocando a carne vermelha por frango ou peixe e procurar um nutricionista para acompanhar a necessidade de suplementação de vitamina B12, encontrada em alimentos de origem animal
Dose Juice/Unsplash
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Dieta MIND – Inspirada nas dietas Mediterrânea e Dash, a MIND é feita especificamente para otimizar a saúde do cérebro, cortando qualquer alimento que possa afetar o órgão e focando em nozes, vegetais folhosos e algumas frutas. Um estudo feito pelo Instituto Nacional de Envelhecimento dos Estados Unidos descobriu que os pacientes que seguiram a dieta diminuíram o risco de Alzheimer de 35% a 53%, de acordo com a disciplina para seguir as recomendações
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Dieta TLC – Criada pelo Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, pretende cortar o colesterol para melhorar a alimentação dos pacientes. São permitidos vegetais, frutas, pães integrais, cereais, macarrão integral e carnes magras. Há variações de acordo com cada objetivo, como melhorar o colesterol e perder peso
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Dieta Nórdica – Como o nome sugere, a dieta é baseada na culinária de países nórdicos e dá bastante enfoque ao consumo de peixes (salmão, arenque e cavala), legumes, grãos integrais, laticínios, nozes e vegetais, além de óleo de canola no lugar do azeite. Segundo a OMS, o regime reduz o risco de câncer, diabetes e doenças cardiovasculares
David B Townsend/Unsplash
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Dieta Volumétrica – Criada pela nutricionista Barbara Rolls, a ideia é diminuir a quantidade de caloria das refeições, mas mantendo o volume de alimentos ingeridos. São usados alimentos integrais, frutas e verduras que proporcionam saciedade e as comidas são divididas pela densidade energética
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Vigilantes do Peso – O programa existe há mais de 50 anos e estabelece uma quantidade de pontos para cada tipo de alimento e uma meta máxima diária para cada pessoa, que pode criar o próprio cardápio dentro das orientações. Além disso, há o incentivo a atividades físicas e encontros entre os participantes para trocar experiências
Ola Mishchenko/Unsplash
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Dieta Mayo Clinic – Publicada em 2017 pelos médicos da Mayo Clinic, um dos hospitais mais reconhecidos dos Estados Unidos, o programa é dividido em duas partes: perca e viva. Na primeira etapa, 15 hábitos são revistos para garantir que o paciente não desista e frutas e vegetais são liberados. Em seguida, aprende-se quantas calorias devem ser ingeridas e onde encontrá-las. Nenhum grupo alimentar está eliminado e tudo funciona com equilíbrio
Rui Silvestre/Unsplash
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Dieta Asiática – O continente é enorme, mas há traços comuns na gastronomia de toda a região. Uma ONG de Boston definiu uma pirâmide alimentar baseada nos costumes orientais: vegetais, frutas, castanhas, sementes, legumes e cereais integrais, assim como soja, peixe e frutos do mar são muito usados, enquanto laticínios, ovos e outros óleos podem ser consumidos em menor frequência. A dieta pede também pelo menos seis copos de água ou chá por dia, e saquê, vinho e cerveja podem ser degustados com moderação
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Os voluntários foram divididos em três grupos e seguiram três hábitos alimentares distintos: dieta mediterrânea tradicional, dieta mediterrânea verde e dieta ocidental. O experimento durou um ano e seis meses. Para as mulheres, foi recomendado o consumo máximo de 1,2 mil a 1,4 mil calorias por dia, enquanto os homens poderiam consumir entre 1,5 mil e 1,8 mil calorias diárias.
O grupo que seguiu a dieta mediterrânea verde também deveria comer 28 gramas de nozes, tomar três xícaras de chá verde e ao menos um shake verde feito com a Mankai. Os voluntários dos três grupos foram matriculados em uma academia de ginástica e participaram de sessões educacionais de incentivo a atividades físicas.
Exames de ressonância magnética foram feitos no início e no fim do experimento para calcular alterações no tamanho do cérebro.
Os resultados mostraram que os seguidores da dieta mediterrânea verde tinham melhores níveis de açúcar no sangue e menos probabilidade de desenvolver condições metabólicas como diabetes tipo 2 quando comparados aos outros grupos. Também apresentaram melhores métricas nos exames de imagem do cérebro.
A hipótese dos cientistas é que os ganhos se devem aos três alimentos acrescentados à dieta mediterrânea tradicional. Segundo eles, o chá verde, as nozes e o shake com Mankai aumentaram o aporte de polifenóis, compostos bioativos com alto poder antioxidante.
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