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Ministro de Lula recua de ameaça de demissão: “Fui ouvido”

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Ministro de Lula recua de ameaça de demissão: “Fui ouvido”

O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, afirmou, nesta quarta-feira (27/11), que o conjunto de medidas sobre a revisão de gastos públicos terá as “suas digitais”. Anteriormente, o titular da pasta tinha ameaçado pedir demissão caso não fosse escutado sobre o pacote.

“Disse que se eu não fosse envolvido eu colocaria [o cargo à disposição]. Mas fui ouvido, participei de todos os debates”, afirmou Marinho durante a apresentação dos dados sobre o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de outubro.

“Amanhã [quinta-feira (28/11)] será anunciado os detalhes”, disse Marinho, sobre o corte de gastos. Segundo ele, a proposta final tem “minhas digitais”. “Vocês poderão ver que é totalmente diferente do que foi divulgado [pela imprensa]”, disse.

Na última coletiva do Caged, ele havia indicado a possibilidade de pedir demissão do cargo caso o governo federal resolvesse fazer mudanças em programas e benefícios sob a alçada do MTE. “Se eu for agredido é possível. Nunca fui. Estou dizendo que essa discussão não existe”, disse, na época. “Uma decisão sem minha participação num tema meu, é uma agressão”, completou.

Marinho antecipou que o pacote não trará mudanças no seguro-desemprego. “Qualquer coisa que eu falar, eu estou adiantando, então não tem muito como explicar. Se eu falar qualquer coisa em relação aos dois assuntos… Eu posso dizer o seguinte, não há mudanças de regra do seguro-desemprego, por exemplo. Mas vamos aguardar os detalhes se não vou furar olho do colega”, disse.

A revisão de gastos

Desde o fim das eleições municipais, o governo Lula (PT) trata da revisão de gastos da União.

Até o momento, não se sabe quanto será economizado com os cortes. Questionado sobre o valor envolvido nesse conjunto de esforço fiscal, o ministro Fernado Haddad, da Fazenda, se limitou a dizer que o número total é “expressivo” e “o suficiente”.

O único valor confirmado pela Fazenda é de que o impacto fiscal das medidas de corte de gastos que atingirão militares gira em torno de R$ 2 bilhões por ano, como foi informado por Haddad nessa quinta-feira.

Os ministérios que devem ser impactados pelos cortes de gastos são: Educação, Saúde, Trabalho e Emprego, Previdência Social e Defesa — este último entrou após pedido de Lula.

Entre as possibilidades ventiladas pela equipe econômica estão:

As medidas de revisão de gastos públicos serão enviadas ao Congresso Nacional na forma de proposta de emenda à Constituição (PEC) e de um projeto de lei complementar (PLP). Há expectativa de que o envio seja feito ao Congresso ainda em novembro.


Fonte: Metrópoles

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