Mudanças no paladar podem ser sinal precoce de demência. Entenda

Um dos maiores desafios da medicina é identificar os sinais iniciais de demência. Como o comprometimento cognitivo apresenta uma lenta evolução, é comum que o paciente e as pessoas ao seu redor não percebam até que a doença comece a ameaçar a autonomia do indivíduo.

No caso da demência frontotemporal (DFT), um curioso sintoma inicial já foi identificado pelos cientistas. As pessoas começam a apresentar uma necessidade maior de comer doces.

A demência frontotemporal (DFT)

A DFT é a terceira causa mais comum de demência, atrás apenas do Alzheimer e dos comprometimentos cognitivos resultantes de acidentes vasculares cerebrais (AVCs). Esta doença atinge uma parte específica do cérebro com maior intensidade, a região frontotemporal, o que afeta especialmente a percepção pessoal. O quadro altera a personalidade, o comportamento e a comunicação do paciente.

“É uma região associada a decisões cognitivas superiores, como resolução de problemas, planejamento, atenção e organização de ideias”, apontou o neurologista Fernando Freua, da Beneficência Portuguesa de São Paulo, em entrevista anterior ao Metrópoles.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Mudanças no paladar

Os sinais da DFT costumam aparecer antes dos sintomas de outros tipos de demência. Alterações de comportamento em pessoas com idades entre os 50 e os 60 anos já devem ser observadas.

De acordo com a Alzheimer’s Society, pessoas com DFT costumam expressar o desejo de comprar mais alimentos doces, gordurosos ou ricos em carboidratos, como chocolate ou bolos, logo no início da doença.

Os neurologistas acreditam que isso se deve a uma perda da sensibilidade do paladar, que faz com que sabores menos intensos não sejam percebidos pelo doente. Há também a suspeita de que a comida exerça um alívio para enfrentar a ansiedade e a confusão mental, característicos da DFT.

“No declínio cognitivo, o cérebro muda o ritmo de envio de mensagens ao corpo: a percepção de sabor e sensação de sede já não são mais as mesmas, por isso, a forma de oferecer alimentos e hidratação precisa ser adaptadas”, explica a nutricionista Joice Abreu, da rede Cora Residencial Senior.

Outros sintomas

Aumentar o desejo por alimentos açucarados, obviamente, não é o suficiente para indicar demência. Veja outros sintomas associados à DFT:

  • Mudanças na personalidade e no comportamento;
  • Tendência a se comunicar menos;
  • Dispersão da atenção e dificuldade de abstração;
  • Redução da mobilidade, especialmente dos músculos relacionados à mastigação;
  • Apatia;
  • Dificuldades repentinas de tomar decisões simples;
  • Dificuldade em encontrar palavras;
  • Dificuldade em lembrar e entender o conceito das palavras.

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Fonte: Metrópoles

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