A britânica Nicola Hutchinson, de 32 anos, pensou que os cigarros eletrônicos, também conhecidos como vapes, eram uma alternativa saudável ao cigarros tradicionais. Há 11 anos, ela trocou um vício pelo outro e usava o dispositivo constantemente.
No entanto, em outubro, Nicola teve uma infecção no pulmão que prejudicou muito sua capacidade respiratória, deixando-a sem fôlego após poucos passos e com dores intensas no peito. O quadro não melhorou mesmo após o uso de antibióticos.
Uma semana depois do início dos sintomas, James, 42, marido de Nicola, insistiu para que ela fosse ao pronto-socorro. No hospital, os médicos a levaram às pressas para a ala respiratória, ela estava com níveis de oxigênio muito baixos, situação em que há risco de vida devido a possibilidade de falência de órgãos.
“Foi assustador. Teria morrido se James não tivesse me levado ao hospital. Não sou uma pessoa dramática, mas perguntei se ia morrer. A enfermeira disse que eu estava muito mal, e só conseguia pensar: ‘E meus filhos? O que meu marido vai dizer a eles?’”, contou Nicola, ao jornal britânico Daily Mail.
Uso de vape agravou pneumonia
Os exames de raio-x mostraram que os pulmões dela estavam cobertos por sombras escuras, lesões ocasionadas pelo hábito de fumar. “Tive pneumonia e, se não fosse pelo cigarro eletrônico, não teria ficado tão mal. Os médicos disseram que eu era jovem demais para estar em uma condição tão grave. Se não fosse saudável, teria morrido.”
Nicola revela que era dependente do vape, mas acreditava que a substituição fosse uma alternativa mais saudável ao cigarro. “Usava o cigarro eletrônico o tempo todo, mesmo com a infecção no peito”, reconhece.
Após o diagnóstico de pneumonia grave, ela foi levada à UTI, e ficou internada por três semanas. Durante o tratamento, precisou usar uma máscara que bombeava 60 litros de oxigênio por minuto para manter seu corpo funcionando.
Além disso, recebeu prescrição de esteróides para ajudar na recuperação. Os danos aos pulmões, no entanto, foram permanentes, e ela terá que usar dois inaladores pelo resto da vida.
Atualmente, a jovem ainda está muito frágil para retornar ao trabalho e corre sérios riscos caso pegue um resfriado ou gripe.
“Não toquei em um vape desde então. Se não tivesse passado três semanas no hospital, teria sido difícil parar, mas toda a nicotina já saiu do meu organismo. Os médicos disseram que hoje não posso pegar nem resfriado nem gripe”, relatou.
Agora, Nicola alerta outras pessoas sobre os perigos do cigarro eletrônico. “Se não tivesse usado o vape, não teria ficado tão mal e quase morrido. Achei que fosse morrer e que meus filhos perderiam a mãe. Não vale a pena. Não vaporize”, declara.
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Fonte: Metrópoles