Nas favelas do Brasil há mais estabelecimentos religiosos (como igrejas e templos) do que a soma do total de instituições de ensino e de saúde. Os dados estão presentes no Censo Demográfico 2022: Favelas e Comunidades Urbanas, divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (8/11).
Ao todo, as favelas têm 958.251 estabelecimentos. Dentre eles, 50.934 são igrejas ou templos religiosos, 7.896 instituições de ensino (escolas, faculdades, cursinhos) e 2.792 locais de saúde (hospitais, postinhos, clínicas).
Ou seja, para cada hospital em uma favela no Brasil há 18,2 estabelecimentos religiosos e para cada instituição de ensino existem 6,5 igrejas ou templos religiosos.
O recorte nas favelas segue um padrão similar ao observado no país como um todo. No Brasil há 579,7 mil templos religiosos e igrejas, enquanto existem 264,4 mil estabelecimentos educacionais e 247,7 mil unidades usadas para a área da saúde, segundo o Censo 2022.
Confira os principais tipos de endereço no Brasil:
- Domicílios particulares (casas, apartamentos): 90,6 milhões;
- Estabelecimentos de outras finalidades (lojas, prédios públicos e culturais): 11,7 milhões;
- Estabelecimentos agropecuários: 4 milhões;
- Edificações em construção: 3,5 milhões;
- Estabelecimentos religiosos (igrejas e templos): 579,7 mil;
- Estabelecimento de ensino (escolas, creches, universidades): 264,4 mil;
- Estabelecimento de saúde (hospitais, clínicas, pronto-socorro): 247,5 mil;
- Domicílios coletivos (hotéis, presídios, pensões, asilos): 104,5 mil.
As favelas
O Brasil tem 12.348 favelas e comunidades urbanas, com cerca de 16,4 milhões de habitantes — o que equivale a 8,1% da população residente do país (203 milhões de pessoas). Há ainda 6,55 milhões de imóveis nessas áreas, das quais 5,5 milhões (84,8%) são domicílios, de acordo com dados do Censo 2022.
Em comparação com 2010, o número quase dobrou: 6.329 favelas, com 11,4 milhões de pessoas — 6% da população naquele ano. Para o IBGE, esse aumento está ligado ao aprimoramento do recenseamento.
Fonte: Metrópoles