O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, passará a próxima semana em um giro pela Europa. A viagem, que estava no radar, foi informada na quinta-feira (31/10) pela assessoria de imprensa da pasta, que frisou que alguns compromissos ainda estão em fase de confirmação e serão divulgados conforme foram fechados.
Haddad tem previsão de embarque na próxima segunda-feira (4/11), e deverá regressar ao Brasil no sábado (9/11), o que significa que o titular da Fazenda só estará de volta a Brasília em 11 de novembro.
A viagem internacional, possivelmente a última que o ministro fará neste ano, ocorre em meio à expectativa e aos estudos finais em torno das medidas de corte de gastos, que são formuladas pela Fazenda e pelo Ministério do Planejamento e Orçamento.
Na semana passada, Haddad esteve em Washington para reunião de ministros do G20 e outras agendas com investidores.
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Medidas de corte de gastos
Há forte cobrança do mercado financeiro por essas medidas. Nesta semana, o dólar bateu a barreira de R$ 5,83 ante à expectativa de apresentação. No entanto, Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, haviam sinalizado que a divulgação deveria ficar para novembro.
“Fizemos uma boa proposta, uma fórmula adequada. Assim como o arcabouço [fiscal], no ano passado, dissipou incertezas, e a gente teve um ano excelente na sequência, com queda do juro, queda do dólar, ancoragem das expectativas. Eu espero que aconteça a mesma coisa [neste ano]. O trabalho que nós estamos fazendo é para que isso aconteça de novo”, afirmou Haddad na última quarta (30/10).
“Entendo a inquietação, faz parte. O mundo está nervoso por causa das eleições nos Estados Unidos, tem desaceleração na China, commodity está no vai e vem, mas com tendência de queda. Tem vários elementos que estão compondo esse quadro”, declarou.
Fazenda e Casa Civil chegam a consenso sobre revisão de gastos
Haddad ainda informou que o Ministério da Fazenda e a Casa Civil chegaram em um consenso sobre as medidas de revisão de gastos públicos, após reunião com o ministro Rui Costa nessa terça-feira (29/10).
Segundo ele, o foco, agora, é na redação da proposta de emenda constitucional (PEC). Ainda conforme o ministro, isso significa dar robustez jurídica para as medidas de corte de gastos. Porém, não há pressa para terminar o texto e apresentá-lo ao Congresso Nacional.
Fonte: Metrópoles