A corrida é uma das atividades mais populares quando o assunto é emagrecimento, enquanto pular corda tem conquistado cada vez mais adeptos por seus benefícios rápidos. Mas qual das duas opções é mais eficiente para perder peso de forma rápida e duradoura?
Para o professor de educação física Daniel Santos, da academia D’stak, em Brasília, a combinação das atividades pode ser a chave para resultados mais eficazes. “O ideal é intercalar as duas dentro do mesmo treino, por exemplo, alternando entre corridas de três a cinco minutos e o mesmo tempo pulando corda”, sugere.
Além de tornar o treino mais motivador, a variação permite aumentar a intensidade, o que, segundo ele, acelera os resultados. No entanto, quem busca efeitos imediatos pode se beneficiar mais da corda. O coordenador da academia Clube.Co, em Brasília, Canuto da Mota afirma que os pulinhos tendem a oferecer resultados mais imediatos.
“É um exercício de alta intensidade, que queima muitas calorias em pouco tempo. A corrida, por sua vez, é mais eficaz a longo prazo, melhorando a resistência cardiovascular e potencializando a queima de gordura”, esclarece.
Quando o assunto é gasto calórico, a corda leva vantagem sobre a corrida. Enquanto 30 minutos correndo podem queimar entre 400 e 500 calorias, o mesmo resultado pode ser alcançado com apenas 20 minutos pulando corda, devido à maior exigência energética do exercício.
De acordo com Mota, estudos indicam que pular corda pode queimar entre 700 e mil calorias por hora, superando a média de 600 a 800 calorias da corrida.
Além de queimar muitas calorias, pular corda traz benefícios que a tornam uma opção ainda mais interessante, como:
- Melhora da coordenação e equilíbrio;
- Aumento da resistência muscular;
- Melhora da capacidade cardiovascular;
- Queima de calorias em curtos intervalos.
Outro benefício do exercício é que ele ativa diferentes grupos musculares ao mesmo tempo, ajudando a tonificar o corpo inteiro, enquanto a corrida foca mais no fortalecimento das pernas e na saúde cardiovascular.
Como cada exercício influencia nos resultados de emagrecimento?
A duração e a intensidade do treino são essenciais para alcançar os objetivos de emagrecimento. Segundo Santos, treinos intervalados, que alternam períodos de alta e baixa energia, podem gerar resultados rápidos.
“É uma espécie de HIIT. Você pode pular corda com alta intensidade por um minuto e intercalar com corrida leve pelo mesmo período, por 20 a 30 minutos seguidos”, orienta.
Para iniciantes, ele recomenda alternar os dias de treino. “Corro hoje e volto a correr daqui a dois dias, ou misturo, correndo hoje e pulando corda depois de dois dias. Cada sessão deve durar de 20 a 40 minutos, e nos dias de descanso, vale incluir fortalecimento muscular”, ensina.
Pular corda x corrida: qual atividade é mais segura?
Os especialistas explicam que ambas as atividades são de alto impacto e podem gerar grande estresse nas articulações. “Se a pessoa já tem algum tipo de lesão, o ideal é buscar alternativas, como bicicleta, remo, caiaque ou caminhada. Persistir em atividades de alto impacto pode levar à interrupção precoce dos treinos e atrasar os resultados”, alerta Santos.
Por outro lado, com um fortalecimento muscular adequado e uma dosagem cuidadosa da intensidade e duração dos treinos, é possível praticar tanto corrida quanto corda, mesmo com leves limitações.
“O fortalecimento muscular é essencial para proteger as articulações e prevenir lesões, independente do nível de experiência. Além disso, a execução técnica deve ser acompanhada por um profissional para evitar problemas futuros”, recomenda.
Mota aponta que pular corda pode ser uma opção mais segura em alguns casos. “A corda envolve movimentos mais leves e controlados, o que pode ser menos agressivo para quem tem problemas articulares. Correr, por sua vez, costuma exigir mais das articulações, especialmente de iniciantes”, observa.
Ambos concordam que consultar um profissional de saúde ou educação física antes de iniciar qualquer atividade é fundamental para garantir a segurança e adaptar os exercícios às necessidades individuais.
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Fonte: Metrópoles