Alta do dólar: AGU pede para PF investigar fake news sobre Galípolo

A Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou ofícios à Polícia Federal (PF) e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que investiguem postagens nas redes sociais. Segundo o órgão, as mensagens com conteúdo falso estariam impactando o mercado financeiro e contribuindo para a alta do dólar.

Em mais um dia de alta volatilidade, o dólar bateu novo recorde nessa quarta-feira (18/12), valendo R$ 6,26 no fim do pregão.

Segundo a AGU, foi identificada uma série de postagens realizadas por um perfil da rede social X (antigo Twitter), atribuindo falsas declarações a Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária e futuro presidente do Banco Central (BC).

As postagens, destaca a AGU no ofício, “trazem posicionamentos desprovidos de qualquer fundamento, prontamente desmentidas pelo Bacen, mas que ganharam repercussão significativa no mercado financeiro e em páginas e perfis especializados em análise econômica, fato que gerou impactos negativos na cotação do dólar”.

O material falso atribuía a Galípolo declarações como “a moeda dos Brics nos salvaguardaria da extrema influencia que o dólar exerce no nosso mercado”.

Diante dos fatos, a AGU pediu a instauração de procedimentos policial e administrativo para apuração de possíveis crimes contra o mercado de capitais.

No ofício, a AGU afirma que a desinformação, “ao interferir diretamente na percepção do mercado”, compromete a política pública federal de estabilização cambial, “evidenciando o elevado potencial lesivo de boatos”.

“Sabe-se que há relação direta entre a cotação de moeda estrangeira, notadamente o dólar, e os preços dos valores mobiliários negociados em bolsas de valores, tanto que a recente elevação do valor da moeda americana veio acompanhada de queda do montante de valores negociados no mercado de capitais”, detalha trecho do documento.

A procuradora nacional da União de Defesa da Democracia, Karina Nathércia Lopes, destaca que “manifestações em plataformas digitais não podem ser realizadas para gerar desinformação sobre políticas públicas nem minar a legitimidade das instituições democráticas, já que essas condutas podem causar prejuízos concretos ao funcionamento eficiente do Estado Democrático de Direito”.



Fonte: Metrópoles

João Fonseca vence veterano e avança às quartas de final em Phoenix

João Fonseca está classificado para as quartas de final do Challnger 175 de Pheonix, nos Estados Unidos, nesta sexta-feira (14). Após uma partida desafiadora, o...

Ex-diretor da OMC: O consumidor americano que pagará pelas tarifas de Trump

Roberto Azevêdo, ex-diretor geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), fez declarações contundentes sobre as políticas tarifárias de Donald Trump durante sua participação no...

Gleisi reforçará diálogo por PEC da Segurança pública após consenso interno

A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, vai reforçar as articulações pela Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública após anunciar que...