Alzheimer e demências: como as pesquisas avançaram em 2024

O ano de 2024 trouxe novidades promissoras no campo dos estudos sobre o Alzheimer e outras demências. Pesquisadores apresentaram progressos significativos no entendimento dos marcadores e dos fatores de risco relacionados às doenças neurodegenerativas. Os novos conhecimentos podem levar a ações mais efetivas de prevenção, rastreio e tratamento para os problemas de saúde relacionados ao envelhecimento do cérebro.

O Alzheimer é a forma mais comum de demência. Até hoje não há cura conhecida para a doença e o diagnóstico, geralmente, é feito quando o paciente começa a apresentar problemas significativos de memória ou desordens mentais que impactam sua vida diária.

Em meio às notícias de 2024, o Metrópoles elencou os estudos mais significativos sobre o assunto:

Prevenção

Estudos identificaram fatores de risco modificáveis para o Alzheimer relacionados ao estilo de vida, como dieta equilibrada, atividade física regular e estimulação cognitiva. Também foram feitas associações entre as demências e algumas condições clínicas descontroladas, como diabetes, hipertensão e ansiedade. Os pesquisadores acreditam que a prevenção e ou controle desses fatores de risco podem ajudar a reduzir a incidência de doenças demenciais.

Uma pesquisa conduzida por médicos da Universidade de São Paulo (USP) sobre a incidência da demência na América Latina mostrou que 54% dos pacientes poderiam não ter desenvolvido o quadro se tivessem acesso à assistência de saúde e praticassem hábitos de vida mais saudáveis. Só no Brasil, 48,2% dos casos seriam evitados.

Sono reparador

Trabalhos científicos importantes reforçaram a importância do sono de qualidade como um fator de proteção contra o Alzheimer.

Um deles, realizado por médicos da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, descobriu que as ondas cerebrais lentas ajudam a eliminar resíduos do cérebro durante o sono.

A pesquisa descobriu que as células nervosas individuais se coordenam durante o período de descanso para produzir ondas rítmicas que impulsionam fluidos de liquor através do tecido cerebral, numa espécie de limpeza do cérebro.

Os pesquisadores sugerem que, conforme envelhecemos, os neurônios perdem o ritmo adequado dessa limpeza, o que pode facilitar o acúmulo de toxinas. O recado foi que a qualidade do descanso noturno deve ser perseguida.

Exercícios físicos

Ter o hábito de ir para a academia ou praticar um esporte apenas uma ou duas vezes na semana pode ser o suficiente para reduzir o risco de sofrer declínio cognitivo no futuro. A afirmação foi feita por um grupo internacional de pesquisadores, em artigo científico publicado no British Journal of Sports Medicine.

Os cientistas explicam que o exercício pode aumentar a concentração de moléculas cerebrais que dão suporte ao crescimento e à sobrevivência dos neurônios. A atividade física também foi associada a um maior volume cerebral, maior função executiva e melhor memória.

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce
Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano
Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença
Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns
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Alzheimer é uma doença degenerativa causada pela morte de células cerebrais e que pode surgir décadas antes do aparecimento dos primeiros sintomas

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Por ser uma doença que tende a se agravar com o passar dos anos, o diagnóstico precoce é fundamental para retardar o avanço. Portanto, ao apresentar quaisquer sintomas da doença é fundamental consultar um especialista

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Apesar de os sintomas serem mais comuns em pessoas com idade superior a 70 anos, não é incomum se manifestarem em jovens por volta dos 30. Aliás, quando essa manifestação “prematura” acontece, a condição passa a ser denominada Alzheimer precoce

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Na fase inicial, uma pessoa com Alzheimer tende a ter alteração na memória e passa a esquecer de coisas simples, tais como: onde guardou as chaves, o que comeu no café da manhã, o nome de alguém ou até a estação do ano

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Desorientação, dificuldade para lembrar do endereço onde mora ou o caminho para casa, dificuldades para tomar simples decisões, como planejar o que vai fazer ou comer, por exemplo, também são sinais da manifestação da doença

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Além disso, perda da vontade de praticar tarefas rotineiras, mudança no comportamento (tornando a pessoa mais nervosa ou agressiva), e repetições são alguns dos sintomas mais comuns

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Segundo pesquisa realizada pela fundação Alzheimer’s Drugs Discovery Foundation (ADDF), a presença de proteínas danificadas (Amilóide e Tau), doenças vasculares, neuroinflamação, falha de energia neural e genética (APOE) podem estar relacionadas com o surgimento da doença

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O tratamento do Alzheimer é feito com uso de medicamentos para diminuir os sintomas da doença, além de ser necessário realizar fisioterapia e estimulação cognitiva. A doença não tem cura e o cuidado deve ser feito até o fim da vida

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Diagnóstico precoce

Pesquisadores da Universidade de Lund, na Suécia, desenvolveram um exame de sangue, com taxa de precisão de 90%, para o diagnóstico do Alzheimer. O teste é muito mais preciso e menos invasivo do que os métodos tradicionais, como a avaliação médica através de testes cognitivos e tomografias computadorizadas.

O estudo foi publicado em julho, no Journal of American Medical Association. O exame avalia os níveis da proteína tau 217 fosforilado, um biomarcador importante para o declínio cognitivo na fase inicial.

Os testes mostraram que idosos com Alzheimer têm níveis de p-tau217 no sangue até oito vezes maiores em comparação aos que não têm a doença.

“O estudo ressalta a falta de ferramentas de diagnóstico boas e econômicas, principalmente na atenção primária, e indica que a adoção desse exame de sangue pode melhorar o diagnóstico em ambientes de assistência médica”, afirmou o neurologista Sebastian Palmqvist, em comunicado.

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Fonte: Metrópoles

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