Aprenda a evitar a intoxicação alimentar nas festas de fim de ano

Durante as festas de fim de ano, com refeições coletivas, viagens de férias e o calor, aumentam os riscos de desenvolver intoxicação alimentar. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada ano, 600 mil pessoas morrem por causa da condição e 420 mil adoecem após comer alimentos impróprios para consumo. Um exemplo recente é o caso da família provavelmente contaminada por arsênio após comer um bolo.

A contaminação da comida pode acontecer em várias etapas da preparação do alimento: desde a matéria-prima infectada até as más condições sanitárias no preparo e falta de controle de temperatura no armazenamento. A refrigeração errada, por exemplo, pode permitir que algumas bactérias se proliferem — enlatados ou conservas caseiras são especialmente perigosos.

Alguns dos microrganismos mais comuns e perigosos são a Salmonella (alimentos crus ou mal cozidos, incluindo ovos, carnes e produtos lácteos); Escherichia coli (carne bovina mal passada, leite não pasteurizado e vegetais crus); Listeria monocytogenes (queijos e carnes processadas); e Clostridium botulinum (enlatados e alimentos conservados inadequadamente).

“Embora a maioria dos casos seja autolimitada, é importante identificar a causa da intoxicação, especialmente em grupos de risco como crianças, idosos e gestantes, que podem desenvolver complicações graves”, explica o médico Thiago Piccirillo, clínico geral da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

Sintomas como náusea, vômito, diarreia, febre ou dores abdominais que aparecem após o consumo de alimentos devem ser investigados por um médico imediatamente. Em casos graves, infecções por Salmonella podem causar febre alta e diarreia severa, enquanto a E. coli pode desencadear insuficiência renal.

Imagem mostra as mãos de uma mulher usando luvas lavando alimentos em baixo de uma torneira - Metrópoles
Frutas e legumes devem ser higienizados com uma mistura de água sanitária e água para evitar a intoxicação alimentar

Como prevenir a intoxicação alimentar

A principal medida para evitar que as bactérias se proliferem no alimento é se atentar para a higiene pessoal. “Lave as mãos com água e sabão antes de preparar ou consumir alimentos, isso ajuda a evitar a contaminação cruzada. Utilize touca para manipular os alimentos, retire adornos e tenha sempre as unhas curtas e limpas”, ensina a nutricionista Yumi Kuramoto, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia.

Ela explica ainda que o melhor é deixar os alimentos quentes esfriarem antes de colocá-los na geladeira, mas não se pode esperar demais. Se eles chegam à temperatura ambiente, o risco de crescimento bacteriano aumenta. O ideal é guardar alimentos perecíveis na geladeira (5ºC) ou congelador (-18ºC).

No refrigerador, os alimentos muito grandes precisam ser dividos em porções menores para esfriar rapidamente e de forma uniforme. Para armazenar, a recomendação é usar recipientes de vidro ou plástico e tampas bem ajustadas. Alimentos perecíveis não devem ficar fora da geladeira por mais de duas horas — caso a temperatura esteja acima dos 32ºC, o tempo não deve passar de uma hora.

Alimentos vencidos ou com sinais de deterioração devem ser descartados, e sacolas de mercado não podem ser colocadas na geladeira ao chegar em casa — os alimentos devem ser retirados dos saquinhos e armazenados adequadamente. O descongelamento de alimentos deve ser feito na geladeira, no micro-ondas ou em água fria, nunca em temperatura ambiente. Na dispensa, nenhuma embalagem deve ficar guardada em contato com o chão.

Frutas e verduras devem ser higienizadas com uma solução de água sanitária (apropriada para alimentos) com água e enxaguadas em água corrente. As superfícies de trabalho e utensílios devem ser limpos e desinfetados com produtos específicos, e alimentos crus devem ficar separados dos cozidos. Tábuas de corte e utensílios devem ser diferentes para carnes, frutas e vegetais.

Antes de consumir qualquer alimento, verifique a cor e textura, além do cheiro. Na dúvida, descarte. “Esses microrganismos podem ser extremamente agressivos”, alerta Piccirillo.

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Fonte: Metrópoles

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